“Nós estamos agora no pior momento que esse programa já enfrentou em
toda a sua história, esse programa tem uma grande vantagem porque ele
gera benefícios ao beneficiário que é o que recebe o leite, e gera
benefício para o produtor que é quem produz, gera benefício na indústria
que é quem industrializa e gera emprego e renda, mas diante do
acontecido em que houve uma grande crise com um grande problema com
poucas pessoas envolvidas, mas que afetou o programa como um todo, então
o programa hoje está em seu pior momento, está praticamente á zero”,
explica Eduardo Dantas, produtor rural no Sertão e representante do
Laticínio da Serra que tem sede na cidade de Patos.
Dantas é da opinião de que a produção de leite está em decadência no
Estado da Paraíba e que os produtores responsabilizam a política
desenvolvida pelos governos ou mesmo falta de uma política eficaz como
sendo a responsável pelo esfacelamento das bacias leiteiras em todo o
estado. “Esse programa tem uma grande importância como regulador de
mercado e hoje nós estamos vivendo uma seca onde o produtor está
desassistido e se esse programa morrer agora, nos primeiros meses do
próximo ano quando chover e que tiver uma grande produção vai acontecer a
baixa de preços.
O produtor está sofrendo agora na seca e vai sofrer no inverno na época
das chuvas porque é momento em que ele iria conseguir recuperar o que
ele está perdendo agora na seca, o preço vai baixar porque em anos
anteriores o governo comprava 120 mil litros de leite por dia e isso
funcionava como regulador de mercado, então o preço não cairia”, explica
aquele representante das bacias leiteiras de todo o Sertão paraibano ao
dialogar com os ouvintes do Programa Domingo Rural e Programa Universo
Rural.
Eduardo Dantas participou de recente encontro dos laticinistas(Clique e
leia), em Campina Grande, e falou sobre a proposta do Governo do Estado
em ofertar a torta de algodão e soja para a suplementação alimentar do
rebanho e garante que o produto terá que chegar no mais curto espaço de
tempo já que o verão vem atingindo a região durante todo esse ano de
2012.
“Isso é um incentivo bastante interessante para atrair o produtor,
porque o produtor não está mais no programa, ele saiu porque ficou sem
receber, ele ficou desassistido e então saiu do Programa e o importante é
que ele voltasse para o programa sobreviver e o atrativo da ração aí à
50% tem que ser uma logística muito bem feita”, explica aquela liderança
dizendo que a prática do governo terá que ser emergencial para que os
demais produtores não abandonem o programa já degradado. “Essa questão
da ração tem que ser pra ontem, não pode mais esperar porque a gente já
está em outubro, então passado outubro, novembro e dezembro chegaremos
em janeiro e se demorar, morrerá bois e constrange”.
Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
A NOTICIA BOM SUCESSO PB
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