25 de abril de 2013

SUS vai incluir a vacina contra HPV no calendário nacional de 2014

Vacina contra o HPV gratuitamente, apenas a partir de 2014
Vacina contra o HPV gratuitamente, apenas a partir de 2014
A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) pode ser incorporada ao calendário nacional de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) no ano que vem. A informação foi dada ontem pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Transmitido por meio de relações sexuais e sem apresentar sintomas na maioria dos casos, o HPV é a causa 98% dos registros de câncer de colo do útero no país, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Lançada no Brasil em 2007, a vacina é oferecida de graça apenas no Distrito Federal. Na rede privada, a imunização, que envolve três doses do remédio, custa entre R$ 540 e R$ 1.050 para duas vacinas, uma que previne contra dois tipos de HPV, e outra que protege contra quatro tipos. Mas a oferta da vacina em larga escala divide parlamentares no Congresso e especialistas.
Fabricado por apenas dois laboratórios no mundo, a vacina anti-HPV custa caro e, por isso, gera opiniões divergentes. Em dezembro de 2011, o Ministério da Saúde informou que a inclusão da vacina na rede pública para imunizar apenas meninas de 11 e 12 anos em todo o país custaria R$ 1,8 bilhão. Naquele ano, o orçamento total do Programa Nacional de Imunização era de R$ 750 milhões.
Inclusão do imunizante no calendário vacinal oficial vai onerar significamente os custos do programa de vacinação (Monique Renne/CB/D.A Press)







 Inclusão do imunizante no calendário vacinal oficial vai onerar significativamente os custos do programa de vacionação 
De acordo com a professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Lígia Bahia, há muito interesse na venda dessa vacina. É por isso que o tema é controverso. “Há experiências internacionais distintas. Em alguns países, o número de casos de câncer de colo do útero diminuiu sem a incorporação da vacina. O Ministério deve se basear em todas as situações”, disse Ligia.
Do Correio Braziliense

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