Prefeitos iniciam paralisação a partir desta segunda-feira
As
prefeituras do estado de Pernambuco iniciam nesta segunda-feira (12)
uma paralisação que vai até a próxima sexta-feira (16) para pressionar a
presidente Dilma Rousseff (PT) a manter a partilha dos royalties do
petróleo, nos moldes do projeto aprovado na última terça, na Câmara. Os
gestores não escondem também a irritação por causa da queda nos repasses
do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A
paralisação foi discutida na ultima sexta-feira (8) durante um encontro
de prefeitos. O evento liderado pela Associação Municipalista de
Pernambuco e pelo Consórcio dos municípios da Mata Norte e Agreste de
Pernambuco, eles também criticaram a presidente pela prorrogação da
redução do IPI e, consequentemente, o arrocho sobre o FPM. De acordo com
os prefeitos, o incentivo ao setor automobilístico, feito pelo governo
federal, beneficia os municípios do Sul e Sudeste, mas, no Nordeste,
estimula o desemprego.
Para
driblar a crise e continuar dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal,
as prefeituras apertaram o cinto, demitindo parte dos cargos
comissionados e suspendendo alguns serviços públicos. “Exoneramos cerca
de 80% dos comissionados. Também suspendemos alguns atendimentos
ambulatoriais a exemplo de especialidades como odontologia. De 12
gabinetes odontológicos, só não suspendemos quatro”, afirmou o prefeito
de Aliança e presidente do Comanas, Azoka Gouveia. Ele contou ainda que
teve de 10% a 13% de queda na arrecadação, quando comparado com o ano
passado.
Em
Nazaré da Mata, a situação é semelhante. De acordo com o prefeito Nado
Coutinho (PTB), o município teve 15% de queda na arrecadação. Ele também
defende que Dilma tenha um olhar diferenciado para o Nordeste.
Estiagem
Os
gestores cobraram ainda recursos e ações para o problema da estiagem, a
pior em 30 anos. “A presidente tem que vir aqui e pisar na lama. Se for
esperar a legalidade e burocracia não vai haver solução. Dilma só manda
recurso para carros-pipa e mais nada”, disparou o prefeito de
Palmeirina, Eudson Catão. Ele defende que haja um comitê para dar
prioridade às soluções para a crise. De acordo com a prefeita de Jupi,
Jucelina Brito, já foi decretado situação de emergência na cidade por
causa do seca. “Estamos dando nó em pingo d’água. Nós temos um solo com
boa vazão mais não temos condições de fazer adutoras”, disse Brito. Ela
teme que as fábrica de farinha de mandioca, que dá sustento a pelo menos
quinhentas famílias, feche.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO
A NOTICIA BOM SUCESSO PB
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