BRASÍLIA
(Reuters) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu, em caráter
liminar, que a revista Veja faça propaganda da capa da edição desta
semana que acusa a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva de terem conhecimento do suposto esquema de
corrupção na Petrobras .
Ao ressaltar que a edição do veículo
foi antecipada para a sexta-feira, o ministro Admar Gonzaga aceitou na
sexta-feira à noite o pedido da campanha do PT para que a propaganda da
revista fosse suspensa, argumentando em sua decisão que a propagação da
capa "poderá transformar a veiculação em verdadeiro panfletário de
campanha".
"No período eleitoral, compete a este Tribunal
Superior velar pela preservação da isonomia entre os candidatos que
disputam o pleito", afirmou o ministro em sua decisão.
"Desse
modo, ainda que a divulgação da Revista Veja apresente nítidos
propósitos comerciais, os contornos de propaganda eleitoral, a meu ver,
atraem a incidência da legislação eleitoral, por consubstanciar
interferência indevida e grave em detrimento de uma das candidaturas",
acrescentou Gonzaga.
A representação do PT pedia a suspensão da
propaganda na TV, rádio, outdoors e link patrocinado com base na
legislação eleitoral, que restringe a propaganda eleitoral ao horário
gratuito e veda a veiculação de propaganda paga.
A Veja desta
semana traz reportagem com o que seria declaração do doleiro Alberto
Youssef, em depoimento à Polícia Federal, dizendo que tanto o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a presidente Dilma Rousseff
saberiam do suposto esquema de corrupção na Petrobras.
Não foi possível falar imediatamente com representantes da revista Veja ou da editoria Abril.
O
candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, usou o último programa do
horário eleitoral obrigatório para destacar denúncia da revista Veja
contra a presidente Dilma Rousseff, cuja propaganda rebateu as
acusações.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)Bol Noticias
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