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13 de outubro de 2024

Onda de violência política abala as eleições na Paraíba. Ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

 

A Paraíba se destacou negativamente no cenário nacional de violência política durante o primeiro turno das eleições municipais de 2024. O estado registrou o terceiro maior número de ocorrências no Brasil, com 24 casos contabilizados entre 16 de agosto e 6 de outubro, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. O dado é alarmante, considerando que a violência política tem se intensificado nas últimas eleições, especialmente durante os períodos de pré-campanha e no próprio dia da votação.

O candidato a prefeito de Marizópolis pelas oposições, Junior do Peixe, foi um dos alvos dessa onda de violência que assolou o estado. Desde o início da campanha, o político relatou ameaças diretas e uma tentativa de intimidação durante eventos públicos de sua coligação. Por fim, seu Veículo foi alvejado a bala no percurso do Assentamento Juazeiro a Zona Urbana. No interior do Carro: o candidato Júnior do Peixe, o vice, Rafael Braga, e o ex-prefeito, Zé de Pedrinho. A sorte que o carro era brindado. As marcas de bala ficaram. A tensão em Marizópolis refletiu um cenário visto em diversas cidades paraibanas, onde a disputa eleitoral foi marcada por ataques pessoais e a propagação de medo.

De acordo com a 3ª edição da pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil,” conduzida pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global, a violência contra candidatos e políticos aumentou de forma significativa em 2024, com 518 casos registrados em todo o país, tornando esse o ano mais violento da série histórica. No primeiro turno, foram relatados 10 assassinatos, 100 atentados e 138 ameaças contra figuras políticas.

A Paraíba, em particular, viu a violência política alcançar níveis preocupantes, colocando em risco não apenas os candidatos, como Junior do Peixe, mas também o processo democrático. Marizópolis, palco de uma disputa acirrada, foi um exemplo dessa realidade. O medo de represálias se tornou um fator presente em toda a campanha, com lideranças locais denunciando a escalada da violência que ameaçou a integridade das eleições no município.

Além das ameaças sofridas por Junior do Peixe, o estado enfrentou uma série de episódios que reforçaram a percepção de insegurança. A combinação de rivalidades políticas locais com a falta de garantias de segurança adequada gerou um ambiente instável em Marizópolis, refletindo a situação observada em outros municípios paraibanos.

A pesquisa também destaca que, nacionalmente, 80% das vítimas de homicídios eram pessoas negras, e a violência de gênero foi outra questão central, com mulheres sendo alvo de 35% dos casos de violência política, incluindo ameaças e vazamentos de vídeos íntimos, uma prática que ainda persiste no contexto eleitoral.

A Paraíba, ao lado de Bahia, foi um dos estados mais afetados no Nordeste, o que demonstra a necessidade urgente de medidas para conter a violência política em regiões tradicionalmente marcadas por conflitos eleitorais intensos.

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) já sinalizou o aumento das medidas de segurança para o segundo turno, nestes casos: João Pessoa, e Campina Grande, os maiores redutos eleitorais do Estado.

Tenho Dito,

Pereira Júnior - Analística, e articulista Politico 


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