A
estiagem que está assolando o semiárido nordestino já começa causar preocupação
a toda população sertaneja. Os reservatórios estão perdendo seus volumes
rapidamente com o aumento da temperatura, o que ocasiona uma evaporação mais
rápida do precioso líquido.
Outro fator
preocupante é a pastagem, que está secando rapidamente, e em algumas regiões já
começam a ficar escassa para matar a fome dos animais.
Se não bastassem
todos esses problemas, outros fatores estão atrelados à questão da estiagem.
Com a irregularidade
da estação chuvosa, a lavoura está praticamente comprometida, e se não tem
safra, começa faltar grãos nos estabelecimentos comerciais. Tudo isso remete ao
velho efeito dominó causado pela seca, ou seja, se diminui a demanda, aumenta o
consumo, e uma coisa vai puxando outra, e no final resulta no aumento dos preços
daqueles alimentos que precisam ser trazidos de regiões mais longínquas.
Uma
preocupação
eminente é o aumento repentino no preço do feijão macassa,
principal alimento dos sertanejos. Na região de Catolé do Rocha os
comerciantes
já estão vendendo o quilo deste feijão por R$ 8,00 em média, o que gera
um
aumento de quase 200% em relação aos praticados no começo deste ano. Já o
feijão mulatinho está sendo comercializado ao preço de R$ 5,00.
E para
completar o problema, a região de Irecê, no sertão baiano, grande produtor de
feijão mulatinho e outros vários tipos deste grão, está vivendo atualmente, uma
de suas maiores estiagem dos últimos tempos.
E os
comerciantes alertam para o agravamento da situação, afinal está ficando
difícil encontrar feijão macassa para comprar, e isso com certeza empurrar o
preço para cima.
Plagiando
uma velha frase do sertanejo: “além de queda, coice!”
Conheça a geneologia do feijão macassa
Em cada região brasileira o feijão-caupi é conhecido por um nome
diferente: feijão-macássar ou macassa, feijão-de-corda (na região
Nordeste), feijão-da-colônia, feijão-da-praia ou feijão-de-estrada
(região Norte), feijão-miúdo na região Sul; feijão-catador e
feijão-gurutuba em algumas regiões da Bahia e norte de Minas Gerais, e
feijão-fradinho nos estados da Bahia e do Rio de Janeiro.
Mas a espécie é a mesma Vigna unguiculata (L.) Walp, ou simplesmente feijão-caupi, o grãozinho originário da África e produzido no País desde o século XVI, e que hoje vem conquistando uma importância econômica significativa tanto para pequenos como por médios e grandes produtores.
A NOTICIA BOM SUCESSO PB
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