Universidades, hospitais e outros órgãos públicos federais estão com
as atividades paralisadas em todo o Estado. Algumas paralisações já se
arrastam há meses, deixando a população sem serviços essenciais. Além
das duas universidades federais, da Paraiba e de Campina Grande, outros
cinco órgãos federais estão com serviços paralisados na Paraíba: IFPB,
Anvisa, Incra e IBGE.
No Hospital Universitário Lauro
Wanderley - o HU, em João Pessoa - pelo menos 105 mil procedimentos
médicos deixaram de ser realizados durante os 35 dias em que o hospital
entreou em greve.
Entre os procedimentos não realizados estão,
consultas ambulatoriais, exames, atendimentos em várias especialidades e
os tratamentos nas clínicas-escola.
De acordo com o
superintendente do HU da Capital, João Batista, além dos 105 mil
procedimentos não realizados, cerca de 700 cirurgias também não foram
realizadas nesse período da greve. “Apenas os procedimentos de urgência
e emergência estão sendo realizados no hospital. Assim como as
cirurgias de urgência e os tratamentos contínuos”, ressaltou.
IFPB
A
greve do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB)
dura 43 dias, e cerca de 19 mil estudantes estão sem aula. De acordo com
o pró-reitor do IFPB, Paulo de Tarso, afirmou que o semestre não será
cancelado. “Quanto mais tempo durar a greve, maior o transtorno para os
alunos. Mesmo assim, não existe a possibilidade do período ser
cancelado”, assegurou.
UFCG
Os professores da
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) rejeitaram, na manhã de
sexta-feira (20), a proposta de carreira apresentada pelo governo
federal à categoria. Os docentes decidiram durante uma assembléia manter
a greve por tempo indeterminado.
As principais reivindicações
dos professores são a reestruturação da carreira docente, valorização do
trabalho e melhoria das condições de trabalho. Os docentes da UFCG
estão em greve desde o dia 17 de maio. A próxima reunião de negociação
com o Ministério do Planejamento está prevista para próxima
segunda-feira.
Servidores
Mais de 6 mil
servidores técnicos administrativos da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) estão em greve
há mais de 40 dias.
A categoria luta pelo reajuste salarial
congelado há 3 anos, realização de concurso público para preenchimento
de 5 mil vagas nas instituições federais de ensino superior e destinação
de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.
Já os
docentes da UFPB, UFCG estão parados há 65 dias, pouco mais de dois
meses. Oitenta mil estudantes da UFPB, UFCG e IFPB estão sem aulas no
Estado. O semestre deveria ter acabado no último dia 6, mas ainda faltam
42 dias para terminar o período 2012.1.
Anvisa
A
greve dos fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
na Paraíba começou na última quarta-feira, mas já é possível perceber
alguns prejuízos. Uma carga de materiais cirúrgicos continua retida no
aeroporto Castro Pinto, no município de Bayeux.
Já um navio
petroleiro está atracado desde a última quinta-feira no Porto de
Cabedelo, na Grande João Pessoa. O documento de Livre Prática que
permite o carregamento ou descarregamento não foi emitido, sendo assim, a
mercadoria continua presa nesses locais.
Segundo o secretário
estadual do Sindicato Nacional das Agências Reguladoras, João Barbosa, a
liberação do navio ainda está sendo discutida, mas enquanto isso a
embarcação permanece atracada.
O prazo normal para fiscalização e
liberação das mercadorias no aeroporto é de dois dias. Ele lembrou que
apesar de estar sendo proibida a emissão do certificado internacional de
vacinação contra a febre amarela, os passageiros que se deslocaram ao
local, 48h antes da viagem poderão receber o documento que é feito na
hora.
IBGE
Já a greve dos funcionários do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), começou
oficialmente dia 25 de junho, mas os funcionários começaram a
paralisação no dia 18 de junho.
Um dos coordenadores do Sindicato
dos Servidores na Paraíba, Reginaldo Madruga, informou que apenas uma
agência das 11 no Estado funciona que é a da cidade de Itabaiana. “Foi
uma solicitação nossa para poder atender aquela região. Mas todas as
pesquisas estão paradas”, afirmou. Ele lembrou que na próxima
terça-feira, a executiva nacional do Sindicato se reúne, por volta das
10h, com a equipe do Ministério do Planejamento para avaliar a proposta
da categoria.
SERVIÇOS PARALISADOS PELAS GREVES:
IBGE: Pesquisas diversas foram suspensas e biblioteca foi fechada;
UFPB, UFCG e IFPB:
Alunos da graduação estão sem aulas, cirurgias eletivas e consultas nos
hospitais universitários não estão sendo feitas, restaurantes e
bibliotecas estão fechadas. Todos os serviços de extensão à comunidade,
como creche, cursinho pré-vestibular e clínicas;
INCRA:
Estão suspensos os certificados de cadastro de imóvel rural, a
declaração de aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (que concede empréstimos e linhas de crédito a
agricultores), a declaração para a aposentadoria dos agricultores e
construções de pontes, estradas, poços e casas nos assentamentos rurais.
Portal Correio.
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