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24 de março de 2014

Transposição do São Francisco desaloja famílias, causa desmatamento e gera empregos na PB

Transposição do São Francisco - Imagem Ilustrativa
O projeto de integração do São Francisco deverá levar água a 12 milhões de pessoas no Nordeste Setentrional. O Ministério da Integração Nacional (MI) estima que 2,6 milhões de paraibanos em 131 municípios sejam beneficiados. O percurso da água é longo e os seus efeitos enormes.

 O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) destacou 11 aspectos positivos e 12 negativos de um total de 44, além de medidas para minimizar os males gerados pela obra.
A extensão dos canais, ramais e reservatórios nos quatro Estados beneficiados (PB, RN, PE e CE) chega a 700 km, atravessando a Caatinga habitada por pessoas e animais que já vivem transformações geradas pelo empreendimento.

Na Paraíba, 502 famílias tiveram que sair do caminho da transposição; empregos foram criados; 342,65 hectares de flora nativa foram desmatados; sítios arqueológicos estão sendo descobertos. Para um futuro próximo estão previstos: inundações e invasão de espécies aquáticas (como piranhas). E o que mais, além da água para matar a sede dos paraibanos, o São Francisco traz ao Estado? Com a perenização de rios intermitentes e a formação de novos açudes, o Sertão será rota de aves migratórias e novas áreas de Caatinga deverão surgir. 

Mais água é certeza de mais alimentos, da fixação do homem no campo, de menos doenças e óbitos gerados pela escassez da água e sua contaminação.

 Jornal Correio da Paraíba/Márcia Dementshuk

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