G1
Na quarta-feira, Secretaria da Segurança informou que eram 3 mil.
Ato contra impeachment da presidente Dilma percorreu vias do Centro
A Polícia Militar de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (17) novo número de participantes do ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), ocorrido na quarta (16), na Avenida Paulista: 50 mil pessoas.
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(O G1 acompanhou atos contra o impeachment da presidente no país em TEMPO REAL)
No dia do protesto, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) havia informado que 3 mil participaram do protesto. A PM disse que apenas a secretaria divulgaria dados sobre participantes. Este número era muito inferior aos levantados por outros órgãos: o Instituto Datafolha contabilizou 55 mil; o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), 70 mil; a União Nacional dos Estudantes (UNE), 75 mil; e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), 100 mil.
Em nota, a SSP afirmou que “alguns órgãos de imprensa erraram ao informar o número fornecido pela Polícia Militar”. “O registro de três mil manifestantes refere-se ao início da manifestação, atingindo 50 mil manifestantes no seu ápice, pela contagem da PM.”
O comunicado diz, ainda, que a imprensa, ao noticiar “apenas três mil manifestantes como número total” acabou “confundindo e desinformando a população”. A reportagem do G1, porém, questionou a SSP sobre os números diversas vezes na quarta, durante e após o ato, e todas as respostas recebidas foram a mesma: 3 mil. Em nenhum momento foi informado os 50 mil. O G1 questionou a SSP sobre a nota, mas até a publicação desta reportagem não recebeu resposta.
No domingo (13), no ato a favor do impeachment da presidente, o Instituto Datafolha calculou que 40,3 mil manifestantes estiveram na Avenida Paulista. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que havia 30 mil pessoas no horário de maior concentração, às 16h15. Já a organização do Movimento Brasil Livre (MBL), um dos seis grupos que convocaram o protesto, informou que 80 mil pessoas participaram do ato na Paulista.
Participavam do ato desta quarta movimentos a favor de Dilma, como a CUT, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o Sindicato dos Químicos de São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a UNE, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Os manifestantes também pediram a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Uma faixa com a frase "Fora Cunha" foi carregada. Outra faixa de grande porte dizia: "Não vai ter golpe". Outras pautas eram defendidas pelos manifestantes, como o fim do ajuste fiscal.
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