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27 de junho de 2023

Prévia da inflação fica perto de zero em junho com alívio em combustíveis e alimentos.

 

O IPCA-15 desacelerou com força e ficou perto de zero em junho. Ficou em 0,04%, bem abaixo da taxa de maio (0,51%). Efeito da queda dos preços dos combustíveis e dos alimento. Em 12 meses, o índice acumula alta de 3,4%, também menor que nos 12 meses encerrados em maio, abrindo espaço para a queda dos juros no segundo semestre.

·         Foi a menor taxa para junho desde 2020, ano da pandemia. Em junho de 2022, o IPCA-15 foi de 0,69%

·         Apesar da desaceleração, o índice veio acima das expectativas. Economistas ouvidos pela Valor Data esperavam alta de 0,02%

·         A gasolina foi o item que mais contribui para a perda de fôlego da inflação: caiu 3,4%

Entre os grupos, Transportes foi o que mais puxou o IPCA-15 para baixo. Houve recuo de 0,55%. Além da gasolina, os demais combustíveis também registraram queda nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%).

E os preços do automóvel novo caíram 0,84%. O governo lançou um novo programa de incentivo ao carro popular neste mês, que têm levado a descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil por unidade.

O grupo Alimentação e bebidas também teve deflação em junho (-0,51%), após alta de 0,94% no mês anterior. A alimentação no domicílio caiu de 1,02% em maio para -0,81% em junho, influenciada pelas quedas do óleo de soja, leite longa vida e carnes.

Já energia elétrica residencial e planos de saúde pressionaram o índice para cima, com avanço de 1,45% e 0,38%.

O IPCA-15 mede a variação de preços entre o dia 15 do mês anterior e o dia 15 no mês corrente. É considerado uma prévia da inflação oficial.

A queda no indicador sinaliza que o Banco Central terá espaço para cortar juros. A Ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, indica que poderá haver corta da taxa em agosto, se a inflação ceder.

A meta de inflação para este ano é de 3,25%.

O Globo.

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