As águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) já alcançam o norte da Paraíba, a caminho do Rio Grande do Norte. Nesta terça-feira (12), técnicos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) realizaram medições da elevação do Rio Piranhas nos municípios de Pombal e Paulista, no Sertão da Paraíba.
O acompanhamento do avanço das águas é feito a partir da definição de pontos de referência na calha do rio, medição da nova marca de elevação e compartilhamento da localização dos trechos já percorridos. O percurso envolve um complexo sistema de reservatórios e canais, garantindo o abastecimento das regiões atendidas.
A operação integra o cronograma de atendimento hídrico do MIDR ao Rio Grande do Norte, previsto para ocorrer entre 18 e 22 de agosto. O destino final são os reservatórios de Oiticica e Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves. Oiticica, em Jucurutu, tem capacidade para armazenar 742 milhões de metros cúbicos. Já o Armando Ribeiro Gonçalves — o maior do estado, localizado na bacia do rio Piranhas-Açu, entre Itajá, São Rafael e Jucurutu — comporta até 2,4 bilhões de metros cúbicos.
Essa é a primeira vez que a água do PISF chega, de forma regulamentada, ao semiárido potiguar. O processo de vazão começou na última terça-feira (5), a partir da Estação de Bombeamento EBI-1, no município de Cabrobó (PE), passando pela estrutura de controle da Barragem Caiçara, em Cajazeiras (PB). Na quarta-feira (6), o percurso seguiu pela Barragem Engenheiro Avidos e, na sexta-feira (8), pela Barragem de São Gonçalo, em Sousa (PB).
Caminho das águas e PISF
O Projeto de Integração do Rio São Francisco é a maior obra de infraestrutura hídrica do país, no âmbito da Política Nacional de Recursos Hídricos. Com 477 quilômetros de extensão, distribuídos em dois eixos (Leste e Norte), o empreendimento assegura a segurança hídrica de 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba — estados onde a estiagem é frequente.
Recentemente, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, percorreu trechos do chamado “caminho das águas”, acompanhando de perto o andamento das obras estruturantes que possibilitam a chegada das águas do São Francisco ao Rio Grande do Norte.
“Essa liberação marca mais um avanço na missão de garantir segurança hídrica ao povo nordestino. O Rio Grande do Norte é uma das pontas dessa grande engenharia que é o PISF, e estamos chegando lá com planejamento, responsabilidade e olhar social”, afirmou Waldez Góes.
A obra da
Transposição do Rio São Francisco ficou com o seguinte percentual, governos Lula e Dilma
fizeram 88% da obra, Temer 5% e Bolsonaro 7%, restando apenas alguns ramais para
concluir projetos complementares que estão sendo executado pelo atual governo (Lula).
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