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4 de fevereiro de 2012

Flamengo tem a maior tocida.

Crise do Flamengo é retrato do Brasil


giro_brasil_-_augusto_dinizDizem que problemas no Flamengo costumam ganhar proporções muito maiores. E é a pura verdade, pois não duvido que outros grandes clubes brasileiros não enfrentem as mesmas picuinhas, jogos de interesse, disputas por poder e desmandos como os do rubro-negro.
A diferença básica é que o Flamengo envolve uma massa de torcedores imensa – a maior do país -, com enorme potencial de consumo da marca, com capacidade como nenhuma outra instituição de chamar a atenção pra si e uma imprensa ávida em cobrir o clube para atender a toda essa ânsia por informação do time carioca pelo Brasil afora.
Isso tudo dá às pessoas que estão no dia a dia do clube, incluindo dirigentes, jogadores, técnicos e também jornalistas que cobrem o clube uma sensação de poder pouco vista em outros ambientes. Juntando esse cenário com os conhecidos vícios do futebol brasileiro – e não somente do rubro-negro -, como amadorismo, desorganização e mistura de política com futebol, a situação ganha proporções inimagináveis. Como resultado, Luxemburgo sai fazendo críticas ao clube depois de sua demissão como se fosse santo, Ronaldinho Gaúcho ri sarcasticamente à toa e a presidente Patrícia Amorim se faz de morta e viva ao mesmo tempo.
Quem já não viu pessoas ocupando os mesmos cargos de Luxemburgo, Ronaldinho e Patrícia fazerem o mesmo em outros clubes? No Flamengo é pior porque envolvem pessoas mais célebres?
Luxemburgo não é mais importante no quadro de técnicos do futebol brasileiro, mas se comporta como tal, principalmente nas horas críticas. Patrícia Amorim tem carreira na política e conhece como ninguém os melhores trâmites para prometer muito e fazer pouco. Por fim, o fanfarrão Ronaldinho Gaúcho, diga-se de passagem um belo jogador, nada mais é do que o perfil do brasileiro que ganha dinheiro e fama e depois se apresenta como uma divindade e não um cidadão. Para alimentar ainda mais esse quadro, tem os asseclas de cada um deles trabalhando nos bastidores.
O retrato do Flamengo é o retrato do futebol brasileiro. Traições, maldizeres, baixarias e empulhações são, na verdade, atos quase comuns. Tenho absoluta certeza que não tem um jogador de futebol que desminta isso, quando quer falar a verdade.
A questão é fruto de uma situação horrível que assola o Brasil: a gente cresce economicamente, mas o país continua com déficit na formação e desenvolvimento da capacidade física, moral e intelectual de seus indivíduos.

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