Professores da UEPB descartaram greve, mas param aulas temporariamente
Os professores de instituições de ensino estaduais, municipais e federais na Paraíba iniciam nesta quarta-feira (14) um movimento de paralisação que vai até a próxima sexta-feira (16). Só na rede estadual mais de 400 mil alunos ficarão sem aulas. O movimento é de âmbito nacional e tem o objetivo de exigir que a Lei do Piso do Magistério seja cumprida na íntegra por estados e municípios. A organização da paralisação é da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Em fevereiro, o Ministério da Educação definiu o piso nacional no valor de R$ 1.451. Contudo, de acordo com CNTE, 17 estados incluindo a Paraíba ainda não estão cumprindo a lei. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep) informa que cerca de 450 mil alunos ficarão sem aulas durante os três dias de paralisação.
No estado, o movimento pode evoluir para uma greve, caso uma assembleia geral marcada para a próxima sexta-feira em João Pessoa decida por isso. O Sintep diz que a Secretaria de Educação estadual não estaria cumprindo a Lei do Piso. Segundo o órgão, os professores recebem atualmente R$ 1.038.
A secretaria estadual da Educação diz que não há motivo para os professores paralisarem suas atividades, já que o valor do novo piso nacional da categoria já vem sendo respeitado. Isso porque, segundo o órgão, o governo concedeu aumento salarial em janeiro de 2012, o que elevou o valor para 20% superior ao estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), que é R$ 1.451.
Na capital, os professores da rede municipal deixam cerca de 60 mil alunos de 103 escolas sem aulas até sexta-feira. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de João Pessoa, Daniel Assis, a categoria adere em forma diferente da conjuntura nacional, pois os professores já recebem o piso, mas decidiu parar em solidariedade aos profissionais do estado e dos demais municípios que ainda não o recebem.
Em Campina Grande, o Sindicato dos Trabalhadores do Agreste da Borborema (Sintab) estima que cerca de 40 mil alunos fiquem sem aula. Segundo o presidente da entidade, Napoleão Maracajá, a adesão acontece em solidariedade à luta nacional da categoria pelo pagamento do novo piso, apesar da questão já ter sido resolvida em âmbito local. A assessoria de imprensa da Educação de Campina informou que as aulas perdidas no período de paralisação serão repostas para que os alunos não sejam prejudicados e que alguns estão confundindo a paralisação nacional com uma ação de interesse local.
UFCG e UEPB também param
Na Paraíba, os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Universidade Estadual da Paraíba (UEPB ) também decidiram aderir à paralisação nacional de três dias que tem início nesta quarta-feira.
Na UFCG a decisão foi tomada em assembleia na semana passada. Quatro campi da instituição, Campina Grande, Sumé, Cuité e Sousa, ficam sem aula a partir de hoje. Em Campina, a partir das 7h30, os professores fazem panfletagem na entrada central da universidade. Às 9h30, participam de debate no Centro de Extensão José Farias.
Já na UEPB, em assembleia realizada na terça-feira (13), os professores decidiram não entrar em greve, mas resolveram participar da paralisação nacional. De acordo com a assessoria da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb), a princípio, as aulas serão retomadas normalmente na segunda-feira (19).
Professores da UEPB descartaram greve, mas param aulas temporariamente (Foto: Divulgação/Aduepb)
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