A Justiça do Distrito Federal quebrou o sigilo bancário,
fiscal e telefônico, além de bloquear os bens do bicheiro Carlos Augusto
Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e de mais sete pessoas denunciadas por
formação de quadrilha e tráfico de influência em um processo para
contratar o serviço de bilhetagem eletrônica dos ônibus no DF. Entre os
denunciados está o ex-diretor da construtora Delta Claudio Abreu.
A
decisão ocorreu depois de pedido do Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios, feito na última quarta-feira. A descoberta do
esquema foi feita por meio de gravações telefônicas da Operação Monte
Carlo, da Polícia Federal, que prendeu Cachoeira no final de fevereiro.
O
governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), teria tentado
negociar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira segundo grampos telefônicos
divulgados pelo jornal "O Estado de S.Paulo"; diálogos gravados pela PF
também indicam suposta cobrança de propina no governo do DF em relação a
contratos de lixo. O governador nega as acusações e diz que elas são
"tentativas desesperadas" de incluir PT no escândalo Mais 16.dez.2011 -
Ueslei Marcelino/Reuters
O sigilo bancário, fiscal e telefônico
de Cachoeira já havia sido quebrado pela Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) que investiga no Congresso a relação do bicheiro com
políticos e agentes públicos.
Conforme a acusação do MP,
Cachoeira e dois outros acusados comandaram uma operação para direcionar
o contrato, que renderia R$ 60 milhões por mês à Delta. A própria
quadrilha teria elaborado o projeto básico e o edital para a licitação.
Um
ex-assessor da Secretaria de Planejamento do Distrito Federal foi
cooptado pela quadrilha para cuidar de seus interesses no governo Agnelo
Queiroz (PT). Mesmo exonerado do cargo em 31 de dezembro de 2010, ele
tinha crachá em 2011 e, segundo a denúncia, circulava livremente no
Palácio do Buriti, que abriga a Secretaria de Transportes.
Em uma
das escutas, Cachoeira ordena que Geovani Pereira da Silva, apontado
como seu contador, pague R$ 50 mil a Valdir dos Reis, lobista
encarregado de azeitar o negócio na secretaria. O diálogo indica que o
dinheiro provinha da conta de Abreu. Onze dias depois, Reis conseguiu
reunião do secretário de Transportes do DF, José Walter Vasquez, com
"membros da organização criminosa".
A partir do encontro, diz a
denúncia, a quadrilha de Cachoeira começou a elaborar o projeto básico e
o edital de licitação, direcionados à Delta.
Abreu foi preso
durante a Operação Saint Michel, na semana passada, por envolvimento nas
fraudes. A denúncia cita suposta negociação, revelada pelo jornal “O
Estado de S.Paulo”, entre a quadrilha e o servidor do DFTrans (empresa
que gerencia o transporte no DF) Milton Martins Júnior, que está
afastado do cargo.
oi bom dia eu gostaria que nos possamos ser paceiros sou JNnews de frutuoso gomes
ResponderExcluirjnetonews.blogspot.com