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8 de julho de 2012

Especial: 100 anos de Fla-Flu

Flamengo já está definido para o FlaxFlu... O da preliminar

Artistas e ex-jogadores confirmaram presença em festa pelo centenário do clássico


Enquanto o técnico Joel Santana trabalha firme para montar o melhor Flamengo para enfrentar o Fluminense neste domingo (08.07), em confronto válido pelo Brasileirão 2012, a lista de nomes que integrarão o time rubro-negro que disputará a preliminar festiva, em alusão ao centenário do confronto, já está pronta.

No gol, Cantarele, atual preparador de goleiros e arqueiro que mais vestiu o manto sagrado, voltará a defender a meta rubro-negra. Assim como ele, outros atletas que foram campeões mundiais em 1981 estarão em campo. Adílio, Andrade, Junior e Leandro reencontrarão a Nação.

Além deles, Bebeto, campeão brasileiro de 1987 com o Fla, Marquinhos, Nélio, Piá, campeões brasileiros de 1992, também jogarão. Outros ídolos, como Jayme, Julio Cesar Uri Gueller e Gilmar Popoca engrandecerão a festa, assim como o Diretor de Futebol Zinho.

Os artistas rubro-negros que darão um brilho a mais no espetáculo e mostrarão sua intimidade com a bola são: Diogo Nogueira, Eduardo Moscovis, Humberto Carrão, Leandro Sapucahy, Marcelo D2, Marcius Melhem, Marcelo Serrado e Thiago Lacerda.

Evaristo de Macedo, que brilhou com a camisa do Flamengo e também já foi treinador rubro-negro, comandará a equipe e terá em sua ‘comissão técnica’ Fernandinho e Silva Batuta.

UNIFORME ESPECIAL
O time de ex-jogadores e artistas rubro-negros entrará em campo com mais uma novidade: o uniforme. A equipe usará a camisa Papagaio de Vintém, primeiro uniforme usado pelos jogadores de futebol do clube da Gávea, em 1912.

O mesmo ganhou esse nome por ser similar aos papagaios (pipas), pois seu desenho traz quatro grandes quadrados (dois pretos e dois vermelhos alternados), que poderiam ser comprados por qualquer vintém (moeda da época).

No domingo, as camisas poderão ser encontradas no quiosque oficial do clube montado no Engenhão e na Fla-Concept, loja oficial da sede na Gávea. A partir da próxima semana, as peças estarão em todas as lojas, com preço sugerido de R$ 159,90.

Fonte: Site Oficial do Flamengo.

Especial: 100 anos de Fla-Flu entre mitos e a vocação para eternidade

Redação SRZD | Futebol | 08/07/2012 05h10
Neste domingo será disputado no Engenhão às 16h o Fla-Flu do centenário. Para brindar o leitor pela ocasião mais do que especial, o SRZD convidou o escritor Sergio Alonso Trigo para falar sobre o clássico dos clássicos. O resultado você pode conferir abaixo.

(...)
Não, um não nasceu do outro. O suposto descendente é mais antigo, até. Um deles nasceu com a vocação para as regatas. O outro tem no futebol a sua razão primordial. E nos primeiros anos do século XX, não eram poucos os que remavam por um e praticavam desportos terrestres no outro. Por nada. Era a proximidade física entre as agremiações que as unia e permitia aos jovens da época usufruíssem de ambas. Eles jamais foram um só, mas já foram os mesmos.
Falamos do Flamengo e do Fluminense, coirmãos ligados por uma convivência mais duradoura do que sugere o centenário do clássico no futebol. Antes mesmo do surgimento do clássico, jovens que remavam pelo Flamengo eram, ao mesmo tempo, campeões cariocas de futebol pelo Fluminense. Para além da aludida proximidade física, a relação preexistente ajuda a compreender as razões pelas quais os dissidentes de Álvaro Chaves foram parar no Flamengo, há pouco mais de um século.
A dissensão ocasionada por disputas internas de poder foi tratada dentro das regras de cavalheirismo vigentes à época e por incrível que pareça, a única resistência que encontraram foi imposta pelos remadores, que torceram o nariz para a criação de um departamento de futebol no clube que haviam criado para remar. Vencidas as resistências, instituiu-se o futebol no Flamengo, mas a sua participação no carioca de 1912 só foi possível graças aos esforços do tricolor Mário Pollo junto aos cartolas da Liga Metropolitana, além da cessão do estádio das Laranjeiras para que a gremiação novata mandasse os seus jogos.
E ainda que não tenha sido aquela a única dissidência da história do futebol, foi sem dúvida a mais produtiva. Da pujança de um, nasceram dois gigantes do desporto nacional. Ombreados, os dois cresceram se alimentando de triunfos fantásticos, que ganham dimensões superlativas quando construídos sobre a grandeza do seu oponente. E a cada vez que se encontram, desde o primeiro embate, os dois perpetuam a relação de simbiose que marca a sua existência.
Equivocam-se, pois, os que resumem o clássico a dualismos óbvios. O Fla-Flu, amigos, não se restringe a bem e mal, povo e elite, certo e errado. Deixemos de lado as velhas dicotomias. O maniqueísmo não cabe na grandeza de um Fla-Flu.

Fonte: SRZD

Fla-Flu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Fla-Flu, simplificação de Flamengo x Fluminense, é o termo utilizado no Brasil para a disputa, principalmente no futebol, entre os times cariocas do Clube de Regatas do Flamengo e do Fluminense Football Club. Este evento é um "derby" do futebol brasileiro, também batizado pelo jornalista Mário Rodrigues Filho, de "O Clássico das Multidões". O clássico bateu o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores, na final do Campeonato Carioca de 1963, vencida pelo Flamengo com um empate sem gols. É considerado por especialistas em futebol e por grande parte da mídia esportiva como um dos clássicos mais charmosos do mundo.
O primeiro Fla-Flu[1], em 7 de julho de 1912, já deu uma noção do que seria a história deste clássico, pois mesmo o Fluminense tendo perdido nove titulares que foram abrir o departamento de futebol de seu rival, ganhou por 3 a 2 (primeiro gol da história do Fla-Flu, de E. Calvert, do Fluminense, a um minuto de jogo), marcando desde o início este confronto, como clássico de grandes imprevisibilidades, de futebol alegre e ofensivo, festa de cores das grandes torcidas, praticamente um carnaval fora de época.
No dia 22 de outubro de 1916, o Flamengo vencia o Fluminense por 2 a 1 quando o árbitro R. Davies marcou um pênalti contra o Fluminense. Rienner perdeu. Logo depois, o juiz marcou outro pênalti contra o Fluminense. Sidney cobrou e Marcos de Mendonça defendeu. O juiz mandou cobrar outra vez alegando que não havia apitado. Sidney bateu e novamente Marcos de Mendonça defendeu. O juiz mandou cobrar de novo, agora alegando que jogadores do Fluminense haviam invadido a área. Foi aí que o escritor Coelho Neto e o Delegado de Policia Ataliba Correia Dutra pularam a grade e correram para o campo. Os torcedores também invadiram o gramado.
O regulamento do campeonato dizia que o jogo que fosse paralisada por cinco minutos seria suspenso definitivamente. Como a paralisação propositada foi além dos sete minutos, o jogo foi dado como anulado. Foi a primeira anulação de um jogo de campeonato carioca. No dia 8 de dezembro, no campo do Botafogo, foi realizada uma nova partida. O Fluminense ganhou por 3 a 1.
Em 1925, a Seleção Carioca precisou ser convocada às pressas para disputar o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais e pela dificuldade de se reunir os jogadores dos diversos clubes, optou-se por convocar apenas jogadores de Flamengo e do Fluminense, o que inicialmente causou repúdio popular, com os amantes do futebol referindo-se à aquele time não como Seleção Carioca mas como Combinado Fla-Flu.
Esta Seleção Carioca acabou campeã, o que mudou o sentimento popular em relação a ela. Mário Filho teve então, a capacidade de transformar um nome criado com uma imagem negativa, em nome próprio e marca registrada deste grande clássico conhecida mundialmente, no ano de 1933.
O nome próprio deste clássico, Fla-Flu, foi dado pelo jornalista Mário Filho em 1933, quando procurava recursos para motivar o comparecimento das torcidas ao campeonato da recém criada Liga de Futebol.
O clássico carrega essa fama desde os tempos românticos do futebol carioca e de um modo geral do futebol brasileiro, sendo posteriormente eternizado pelo grande escritor, dramaturgo e poeta brasileiro Nelson Rodrigues, que disse: O Fla-Flu surgiu quarenta minutos antes do nada.
Após assistir ao Fla-Flu da decisão do Campeonato Carioca de 1969 , o escocês Hugh McIlvanney[2], correspondente do jornal The Observer, fez o seguinte comentário do jogo, publicado no Jornal do Brasil: "Enorme, esmagador, capaz de transformar em carnaval um espetáculo de futebol, o Maracanã já é uma lenda. A realidade contudo, é muito maior. A memória que em mim, ficará para sempre do Fla-Flu e, mais, do próprio futebol brasileiro, será desta enorme, pungente, feliz experiência humana".
Uma das parcerias econômicas que mais renderam frutos para o desenvolvimento do futebol foi consumada em um Fla-Flu, em meados da década de 1970, quando João Havelange, então presidente da FIFA, levou o presidente de uma multinacional de refrigerantes ainda reticente para associar a imagem de sua empresa a esse esporte para ver o grande clássico. Ao entrar no estádio o presidente desta multinacional tremeu ao ver o colorido e ao ouvir o barulho das duas grandes torcidas, momento em que o torcedor do Fluminense, João Havelange, usou o argumento definitivo para a conclusão da parceria: "-Presidente, isto é o futebol!"
Uma peculiaridade aconteceu em 1983 quando o Fluminense venceu o Flamengo por 1 a 0 com gol do meia Assis no fim do jogo, ficando dependendo de um tropeço do Bangu - com quem o Fluminense no primeiro jogo do triangular empatou por 1 a 1. O Bangu enfrentaria o Fla no último jogo do campeonato. Mesmo já eliminado, o time da Gávea venceu o jogo por 2 a 0, dando o título ao Fluminense.
Fla-Flu já foi uma das pontes para a imortalização de jogadores como, do lado rubro-negro, Leônidas da Silva, Zico, Leandro e Júnior; já pelo lado tricolor, Rivellino, Telê Santana, Washington, e Castilho. Outros também brilharam por ambas as equipes, como Doval e Renato Gaúcho.
Ainda neste clássico encontraremos referências a grandes jogadores como Ézio, Assis, Romário, Sávio, Gérson, Romerito, Edinho e Nunes, entre outros jogadores importantes.
Em 2009, foi realizado o primeiro confronto entre Flamengo e Fluminense válido por uma competição internacional oficial.[3] Na Copa Sul-americana, os times se enfrentaram logo na primeira fase em jogos de ida e volta, com os dois jogos sendo realizados no Maracanã. O primeiro jogo, com mando do Fluminense, terminou 0 a 0,[4] e o segundo confronto também acabou empatado, desta vez em 1 a 1, gols de Roni, para o Fluminense e Denis Marques, para o Flamengo.[5] Pela regra do gol fora de casa o Fluminense se classificou para a próxima fase e terminou a competiação como vice-campeão, perdendo a final para a LDU, do Equador.[6]
Mesmo em tempos onde o futebol carioca passou por maus momentos, as torcidas continuaram a se envolver nesse clássico por seu charme e romantismo.

A NOTICIA BOM SUCESSO PB.

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