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15 de fevereiro de 2013

Bento XVI: Muito mais do que uma renúncia

Jimmy W. G. Mendes - Bacharel em Teologia
Jimmy W. G. Mendes - Bacharel em Teologia
O mundo cristão/católico romano parou no último dia doze de Fevereiro, com a notícia de que o seu maior líder, o papa Bento XVI estará renunciando ao pontificado no próximo dia 28. “Bem consciente da seriedade desse ato, com total liberdade declaro que renuncio ao ministério como Bispo de Roma, sucessor de São Pedro”, afirmou Bento XVI, durante uma reunião no Vaticano entre cardeais católicos. A renúncia de Bento XVI acontece durante um dos períodos mais importantes da tradição católica, a quaresma. O papa deixa o cargo, após quase oito anos de liderança a frente do maior rebanho cristão do mundo. Muitas são as especulações em torno da renuncia de Bento XVI, para muitos foi um ato de grandeza, uma vez que o papa reconheceu no seu discurso não ter mais forças físicas e mentais para continuar no cargo. “Após ter repetidamente examinado minha consciência ante Deus, eu tive a certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, não são mais ideais para um adequado exercício do ministério Petrino”, justificou-se, perante aos pares do Vaticano. A noticia além de surpreendente é histórica, uma vez que Bento XVI é apenas o quarto papa a renunciar em toda a história da igreja, sendo que a ultima vez que isto tinha acontecido foi em 1415, com o papa Gregório XII.

A sucessão se dará conforme reza o Código Canônico católico romano, mas não quero discutir, quem será o próximo papa, apesar das profecias de São Malaquias no ano de 1139 d.c apontarem para um italiano, mas, as implicações da renuncia de Bento XVI.

O que se sabe, é perceptível, aos olhos daqueles que tem um pouco de bom senso, é que a Igreja Católica precisa de uma renovação urgente, não estamos falando apenas da criação de mais um subgrupo dentro da instituição, como os carismáticos, e sim, de algo que venha mexer com toda a estrutura eclesiástica, que em minha opinião está falida. Vale salientar também, que esta renovação, que passo a chamá-la de uma NOVA REFORMA, isso porque, já aconteceu uma reforma no século XVI, com o padre Martinho Lutero, precisa ser voltada para o povo leigo, simples, a Bíblia precisa voltar a ser o centro da doutrina, ao invés dos dogmas, das tradições. Falo isso lembrando também, que não faria nenhum mal, se algumas igrejas protestantes fizessem esta mesma reforma, por terem se perdido na busca de satisfazer o desejo desenfreado do ser humano pelo sucesso rápido e prático.

Até que ponto a renuncia do papa, promoverá as mudanças necessárias dentro da Igreja? Os cardeais terão a coragem de eleger um líder que mexa nas estruturas arcaicas da tradição religiosa? Essas e outras perguntas surgem, mas por enquanto ficam sem as devidas respostas. Se a Igreja Católica eleger um Papa progressista poderá mudar o rumo da história da Igreja, dir-se-ia que a Igreja Romana se inclinaria para uma nova política onde fosse permitido que os padres casassem e com isto procurar resolver problemas sexuais que muito tem abalado a moral e as finanças do Vaticano. “Seria o momento de a igreja repensar e colocar na linha de frente um colégio de cardeais que possa pensar em levar adiante o processo de diálogo, que caminha mais para o pluralismo religioso do que para o conservadorismo”, diz o professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Rafael Rodrigues da Silva, especialista em Ciências da Religião

Na primeira missa após o anúncio de sua renúncia, o Papa Bento XVI afirmou que a Igreja Católica “está desfigurada” por “divisões em seu corpo eclesiástico”. O que isto realmente significa? Significa que nem todos os sacerdotes, já comungam das mesmas crenças, como o celibato obrigatório, a adoração e culto aos Santos da Igreja, entre outras. A renúncia em si um fato “histórico” e “novo”, e pode revolucionar a forma como a Igreja Católica elegerá o próximo pontífice: Em primeiro lugar, cai o tabu de que o Papa tem de ser papa até o fim. Na sucessão, seguramente haverá muita influência de Bento XVI. Será a primeira vez na história que se vai nomear um papa com outro ainda vivo. Que influência ele terá no conclave? Não temos como saber, porque é inédito.

Esperamos e aguardamos ansiosos, os próximos passos que serão dados pela Igreja, e veremos se foi em direção a Bíblia ou mais um passo em relação ao abismo doutrinário que durante anos, tem sido o principal responsável pela migração de fiéis católicos para outras religiões.

Desejamos também que o Cristianismo como um todo, possa novamente se reencontrar nos seus pilares: Sola Scriptura (Somente a Bíblia e toda a Bíblia); Solus Christus (Somente Cristo; Sola Gratia (Somente a Graça); Sola Fide (Somente a Fé); Soli Deo Gloria (Somente a Deus Glória).

Nele, Jesus Cristo, Senhor da IGREJA

Por Jimmy W. G. Mendes - Bacharel em Teologia

Catolé News

A NOTICIA BOM SUCESSO PB 

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