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31 de março de 2013

Preço de remédios sobe na segunda

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Medicamentos terão reajuste de preços a partir desta segunda-feira (1); reajuste será publicado no Diário Oficial da União

Divulgação
Paraibanos terão somente este fim de semana para comprar remédios com preços antigos

Os paraibanos vão ter somente este fim de semana para comprar remédios antes do anúncio do reajuste anual dos medicamentos. O Ministério da Saúde informou que nesta segunda-feira será publicada no Diário Oficial da União a tabela com o valor do teto máximo de reajuste autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), formada por uma equipe interministerial liderada pelo ministério. Se o aumento adotar o acumulado dos últimos 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Banco Central, como ocorreu no ano passado, a alta chegará a 6,31%.
Segundo o Ministério da Saúde, a indústria farmacêutica renova os preços logo após o anúncio do governo federal. O aumento de preços é calculado a partir de variáveis como as expectativas de inflação, de ganhos de produtividade das empresas de medicamentos e o preço dos insumos usados na produção dos remédios. É ainda levada em consideração no cálculo a variação da cotação do dólar e o índice de preços da energia elétrica.
Para o secretário da Federação das Associações de Aposentados, Pensionistas e Idosos da Paraíba e membro do Conselho Deliberativo da Confederação Brasileira dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, Francisco Nóbrega, os gastos com remédios representam até, em alguns casos, cerca de 40% do orçamento mensal dos aposentados que ganham um salário mínimo (R$ 678). “O governo federal não tem dado a atenção necessária ao idoso, principalmente no caso dos medicamentos contínuos. Tem muita propaganda e pouca iniciativa. Nem todos os remédios têm nas Farmácias Populares. O governo federal deveria estimular a gratuidade de alguns medicamentos porque trata-se de um item essencial”.
Francisco Nóbrega afirmou que, no caso dos remédios de uso contínuo, a dificuldade é maior porque há a exigência de receita médica. “É muito difícil conseguir uma receita médica nos postos do PSF (Programa Saúde da Família). Eles têm que enfrentar filas quilométricas e nem sempre há médico no local”, se queixou. Já nas ruas de João Pessoa, a notícia do reajuste no início de abril pegou muita gente de surpresa. Uma delas foi a vendedora Rosana Sabino, que estava na farmácia Big Ben da avenida Epitácio Pessoa. “Minha mãe gasta cerca de R$ 200 por mês porque ela usa remédio de uso contínuo. Não sabia do reajuste, mas agora vou correr para comprar todos para economizar este mês”, disse.
O farmacêutico da Big Ben, Sandro Michel, disse que o reajuste causa estranhamento nos clientes, mas não causa queda nas vendas. “Muita gente nota a diferença no preço, mas não deixa de comprar”.

A NOTICIA BOM SUCESSO PB

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