De
1º de janeiro até 1º de março, a Secretaria de Estado da Saúde (SES)
registrou um total de 770 notificações de dengue, o que equivale a um
aumento de 40,25% nas notificações em relação ao mesmo período de 2012,
quando foram notificados 549 casos.
De
todos os casos registrados esse ano, 89 foram classificados como dengue
clássica, 12 como casos graves, nove como dengue com complicação, dois
como febre hemorrágica da dengue e um como síndrome do choque da dengue,
30 foram descartados e os demais continuam aguardando encerramento.
Os dados constam no boletim que corresponde à 9ª semana epidemiológica,
divulgado nesta terça-feira (5) pela Secretaria de Estado da Saúde. De
acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares,
esses dados são referentes às notificações de 121 municípios da Paraíba,
o que reflete a um percentual de 63,67% (142) de municípios sem
notificação de casos da doença. “Entre os municípios que sinalizaram os
casos, temos João Pessoa, Brejo dos Santos, Teixeira e Cabedelo com
maior número de notificações”, detalhou.
Ela reforçou mais uma vez a importância da notificação dos casos:
“Notificar os casos oportunamente é uma das ações prioritárias a serem
efetivadas pelos serviços de saúde e núcleos de vigilância. Assim as
ações podem ser bem avaliadas e melhor direcionadas para o controle
vetorial”.
Controle Vetorial – O Estado, por meio da Área Técnica de
Vigilância Ambiental, vem qualificando e incentivando a realização do
Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) em todos os
municípios com mais de 2.000 mil imóveis. “Já obtivemos os resultados em
29 municípios neste ano de 2013, que vão auxiliar no planejamento das
ações do trabalho de campo e nas ações de mobilização social”, disse
Talita. O levantamento informa o diagnóstico atualizado, sendo a
ferramenta indicada para esta ação.
Segundo o boletim da 9ª semana epidemiológica, os municípios de
Imaculada, Cajazeiras, Araruna, Campo de Santana/Tacima, Juru, Solânea,
Araçagi e Água Branca foram observados com risco para a doença, mas
medidas já estão sendo iniciadas para evitar um aumento de notificações.
“Trabalhamos com carro fumacê no município de Cajazeiras e com equipe
técnica no local, junto à 9ª Gerência Regional de Saúde. Além disso, o
Estado está ampliando o número de carros fumacê até o fim do mês de
março e lançando uma campanha publicitária para auxiliar nas ações
educativas e de mobilização que são realizadas pelos municípios. Como
criadouros predominantes, ainda observamos o maior número de larvas do
Aedes aegypti nos depósitos ao nível do solo para armazenamento
doméstico, como tonel, tina e barril. Dessa forma, existindo a
necessidade de armazenamento de água, orientamos que seja feita a
limpeza dos reservatórios, lavando os mesmos com escova e sempre os
mantendo cobertos”, explicou Talita.
Qualificação em Manejo Clínico - A SES realiza nesta quarta-feira (6),
em Campina Grande, mais uma Qualificação no Manejo Clínico e
Classificação de Risco da Dengue, para mais 150 profissionais, entre
médicos e enfermeiros, com o objetivo de fortalecer a rede assistencial e
melhor conduzir os casos graves da doença, evitando assim o aumento do
número de óbitos.
No ano de 2012 em período semelhante não houve o registro de óbitos.
Este ano, até 1º de março, foram notificados quatro óbitos, sendo dois
por dengue, um óbito por outras causas e outro óbito em investigação.
“As ações de campo devem ser intensificadas nesse período do mês de
março, onde temos uma maior taxa de transmissibilidade da doença”, disse
Talita Tavares.
Procedimentos - Todo paciente que apresente doença febril aguda com
duração de até sete dias, acompanhada de dor de cabeça e/ou dor no
corpo, associados ou não à presença de hemorragias é um caso suspeito de
dengue e deverá ser abordado como tal. A notificação deve ser feita
pela assistência e solicitado exames (NS1 ou sorologia) de acordo com a
data inicial dos sintomas.
Segundo Talita Tavares, os sinais de dengue devem ser observados desde
os primeiros sintomas, pois são os cuidados iniciais que ajudam a salvar
vidas. “Qualquer pessoa que apresente pelos menos dois sintomas como
febre alta, cefaleia, manchas e erupções na pele, dor no corpo e nas
articulações, associados ou não à presença de hemorragias, é um caso
suspeito de dengue e deverá ser abordado como tal. Os sinais de alerta
devem ser observados e deverá ser dada a assistência oportuna a partir
dos primeiros sintomas, evitando assim o agravamento dos casos”, disse.
Todos os casos graves e óbitos da doença devem ser sinalizados ao Centro
de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado (CIEVS),
ou pelo telefone (83) 8828-2522 (plantão 24 horas).
Assessoria
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