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1 de abril de 2013

Romário e filho de Herzog entregam petição "Fora Marin" à CBF

Romário e filho de Herzog entregam petição "Fora Marin" à CBF 01/04/2013 - 15h20 | do UOL Copa do Mundo 2014 Aumentar tamanho da letra Diminuir tamanho da letra Compartilhar Imprimir Enviar por e-mail Comente Julio Cesar de Moraes/UOL Esporte Romário e Ivo Herzog chegam à CBF com a petição que pede a saída de Marin Vinicius Konchinski Do UOL, no Rio de Janeiro O deputado federal Romário e Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, entregaram nesta segunda-feira à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a petição “Fora Marin”. O abaixo-assinado lançado na internet e apoiado por mais de 54 mil pessoas pede a saída de José Maria Marin da presidência da confederação por sua suposta ligação com a ditadura. Romário e Ivo Herzog, juntos com a deputada federal Jandira Feghali e quatro membros da Frente Nacional de Torcedores, foram pessoalmente à CBF nesta tarde. Lá, não foram recebidos por nenhum diretor da entidade. Acabaram protocolando a petição, acompanhada de transcrições de discursos de Marin, na portaria da confederação. A entrega da petição aconteceu justamente no aniversário de 49 anos do golpe que deu início ao governo ditatorial no Brasil. Entre 1964 e 1985, período que durou o regime militar, Marin despontou para a política em São Paulo, chegando a ocupar o cargo de governador entre 1982 e 1983. Antes disso, porém, Marin foi deputado estadual. De acordo com Ivo Herzog, discursos dele teriam apoiado à tortura e às prisões arbitrárias ocorridas na ditadura. Após uma dessas prisões arbitrárias, ocorrida em 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI, órgão de inteligência ligado ao governo militar. “José Maria Marin tem sua vida ligada àqueles que sustentaram a ditadura brasileira”, diz o documento entregue à CBF. “Não podemos permitir que Marin viva a glória de estar à frente do maior evento mundial da nossa história [a Copa do Mundo].” ´'Marin não tem nada a ver com o Brasil", complementou Romário. "Brasil é um país democrático e de gente simpática. Não tem nada a ver comum regime ditatorial, que matou e torturou tantas pessoas." Em entrevista coletiva no mês passado, Marin se defendeu das suspeitas levantadas por Ivo. Disse que não há qualquer evidência que ligue a morte de Vladimir Herzog à sua atuação como parlamentar. Desafiou ainda qualquer pesso a mostrar algum documento que sirva de prova para essa acusação. Ivo contestou Marin. Afirmou que, se ele não tem ligação nenhuma com a ditadura militar, deveria o recebê-lo para uma conversa. "Eu tenho cinco perguntas que gostaria de fazer pessoalmente a ele", afirmou Ivo, após deixar a CBF. No mesmo dia em que a petição “Fora Marin” foi entregue à CBF, ela foi encaminhada aos 20 clubes da primeira divisão Campeonato Brasileiro e as 27 federações estaduais de futebol. Todos eles formam o colégio eleitoral da CBF. Ivo espera que, caso a CBF não tome um atitude quanto à Marin, os dirigentes locais e dos clubes o façam. "Agora, todo mundo sabe quem é Marin", disse Ivo. "Se não fizerem nada, serão coniventes. Cabe a nós cobrar as federações e os times." *Atualizada às 16h20

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O deputado federal Romário e Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, entregaram nesta segunda-feira à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a petição “Fora Marin”. O abaixo-assinado lançado na internet e apoiado por mais de 54 mil pessoas pede a saída de José Maria Marin da presidência da confederação por sua suposta ligação com a ditadura. Romário e Ivo Herzog, juntos com a deputada federal Jandira Feghali e quatro membros da Frente Nacional de Torcedores, foram pessoalmente à CBF nesta tarde. Lá, não foram recebidos por nenhum diretor da entidade. Acabaram protocolando a petição, acompanhada de transcrições de discursos de Marin, na portaria da confederação. A entrega da petição aconteceu justamente no aniversário de 49 anos do golpe que deu início ao governo ditatorial no Brasil. Entre 1964 e 1985, período que durou o regime militar, Marin despontou para a política em São Paulo, chegando a ocupar o cargo de governador entre 1982 e 1983. Antes disso, porém, Marin foi deputado estadual. De acordo com Ivo Herzog, discursos dele teriam apoiado à tortura e às prisões arbitrárias ocorridas na ditadura. Após uma dessas prisões arbitrárias, ocorrida em 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI, órgão de inteligência ligado ao governo militar. “José Maria Marin tem sua vida ligada àqueles que sustentaram a ditadura brasileira”, diz o documento entregue à CBF. “Não podemos permitir que Marin viva a glória de estar à frente do maior evento mundial da nossa história [a Copa do Mundo].” ´'Marin não tem nada a ver com o Brasil", complementou Romário. "Brasil é um país democrático e de gente simpática. Não tem nada a ver comum regime ditatorial, que matou e torturou tantas pessoas." Em entrevista coletiva no mês passado, Marin se defendeu das suspeitas levantadas por Ivo. Disse que não há qualquer evidência que ligue a morte de Vladimir Herzog à sua atuação como parlamentar. Desafiou ainda qualquer pesso a mostrar algum documento que sirva de prova para essa acusação. Ivo contestou Marin. Afirmou que, se ele não tem ligação nenhuma com a ditadura militar, deveria o recebê-lo para uma conversa. "Eu tenho cinco perguntas que gostaria de fazer pessoalmente a ele", afirmou Ivo, após deixar a CBF. No mesmo dia em que a petição “Fora Marin” foi entregue à CBF, ela foi encaminhada aos 20 clubes da primeira divisão Campeonato Brasileiro e as 27 federações estaduais de futebol. Todos eles formam o colégio eleitoral da CBF. Ivo espera que, caso a CBF não tome um atitude quanto à Marin, os dirigentes locais e dos clubes o façam. "Agora, todo mundo sabe quem é Marin", disse Ivo. "Se não fizerem nada, serão coniventes. Cabe a nós cobrar as federações e os times."
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