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26 de setembro de 2013

Com a falta de chuvas, Paraíba corre sério risco de racionamento; Veja

Com a falta de chuvas, Paraíba corre sério risco de racionamento; Veja
Três açudes da Paraíba podem ficar abaixo do limite mínimo da capacidade até o primeiro semestre de 2014, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa).

O órgão apresentou na segunda-feira (23) um relatório com a análise da situação dos mananciais durante reunião que discutiu a situação da seca na Paraíba com outros órgão governamentais. Os açudes de Coremas, Mãe D’Água e Epitácio Pessoa (Boqueirão) estão sendo afetados pela falta de chuvas. Elas abastecem mais de 40 municípios.

As simulações  para mostrar a situação dos reservatórios da Paraíba foram apresentadas pelos técnicos da Aesa considerando a  hipótese de não ocorrer chuvas ou se houver com precipitações baixas nas regiões do Sertão e Cariri.

“A situação no litoral está tranquila, mas quanto mais adentramos para o interior da Paraíba, mais a situação fica complicada por conta dos baixos índices de chuva registrados neste ano. A região do Seridó é uma das mais atingidas, apesar de ser abastecida pelo sistema Coremas-Sabugi, o que não tem comprometido o abastecimento humano”, afirmou o presidente da Aesa, João Vicente Machado Sobrinho.

Conforme os dados repassados pela Aesa, o açude Boqueirão é o que apresenta a situação mais preocupante e pode cair de 180 milhões de metros cúbicos, registrado em setembro deste ano, para menos de 150 milhões já a partir de janeiro de 2014. O açude é responsável pelo abastecimento de 19 cidades.

Já o açude Coremas, que abastece 22 cidades paraibanas pode cair de 250 milhões de metros cúbicos para aproximadamente 160 milhões em janeiro do ano que vem. A situação pode ser ainda mais grave se o reservatório atingir o volume de 50 milhões ou menos. O açude Mãe D’Água poderá atingir o volume de 100 milhões de metros cúbicos em agosto do ano que vem.

“Estamos diante de um quadro de estiagem e a evaporação é uma faceta. No caso do Coremas, a água é compartilhada também com municípios do Rio Grande do Norte. Essa questão da administração da água do açude também está sendo discutida com a Agência Nacional de Águas (ANA)”, completou João Vicente.

O secretário de Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia do Estado, João Azevedo, admitiu que a situação dos principais açudes da Paraíba é delicada. Segundo ele, a partir das previsões apresentadas pela Aesa, será traçado um planejamento para gerir melhor os recursos e prevenir colapsos.

“Esse levantamento de todas as barragens e açudes é para que possamos montar um plano para se antecipar a um problema que poderá vir. No momento, nós temos cidades que estão em colapso de abastecimento, outras em racionamento e temos que manter o controle real dessa situação.”, pontuou João Azevedo.

G1-PB
 

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