Três açudes da
Paraíba podem ficar abaixo do limite mínimo da capacidade até o primeiro
semestre de 2014, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas
(Aesa).
O
órgão apresentou na segunda-feira (23) um relatório com a análise da
situação dos mananciais durante reunião que discutiu a situação da seca
na Paraíba com outros órgão governamentais. Os açudes de Coremas, Mãe
D’Água e Epitácio Pessoa (Boqueirão) estão sendo afetados pela falta de
chuvas. Elas abastecem mais de 40 municípios.
As
simulações para mostrar a situação dos reservatórios da Paraíba foram
apresentadas pelos técnicos da Aesa considerando a hipótese de não
ocorrer chuvas ou se houver com precipitações baixas nas regiões do
Sertão e Cariri.
“A
situação no litoral está tranquila, mas quanto mais adentramos para o
interior da Paraíba, mais a situação fica complicada por conta dos
baixos índices de chuva registrados neste ano. A região do Seridó é uma
das mais atingidas, apesar de ser abastecida pelo sistema
Coremas-Sabugi, o que não tem comprometido o abastecimento humano”,
afirmou o presidente da Aesa, João Vicente Machado Sobrinho.
Conforme
os dados repassados pela Aesa, o açude Boqueirão é o que apresenta a
situação mais preocupante e pode cair de 180 milhões de metros cúbicos,
registrado em setembro deste ano, para menos de 150 milhões já a partir
de janeiro de 2014. O açude é responsável pelo abastecimento de 19
cidades.
Já
o açude Coremas, que abastece 22 cidades paraibanas pode cair de 250
milhões de metros cúbicos para aproximadamente 160 milhões em janeiro do
ano que vem. A situação pode ser ainda mais grave se o reservatório
atingir o volume de 50 milhões ou menos. O açude Mãe D’Água poderá
atingir o volume de 100 milhões de metros cúbicos em agosto do ano que
vem.
“Estamos
diante de um quadro de estiagem e a evaporação é uma faceta. No caso do
Coremas, a água é compartilhada também com municípios do Rio Grande do
Norte. Essa questão da administração da água do açude também está sendo
discutida com a Agência Nacional de Águas (ANA)”, completou João
Vicente.
O
secretário de Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia
do Estado, João Azevedo, admitiu que a situação dos principais açudes da
Paraíba é delicada. Segundo ele, a partir das previsões apresentadas
pela Aesa, será traçado um planejamento para gerir melhor os recursos e
prevenir colapsos.
“Esse
levantamento de todas as barragens e açudes é para que possamos montar
um plano para se antecipar a um problema que poderá vir. No momento, nós
temos cidades que estão em colapso de abastecimento, outras em
racionamento e temos que manter o controle real dessa situação.”,
pontuou João Azevedo.
G1-PB
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