Texto: Marcos Lima
Agentes comunitários de saúde da cidade de Catolé do Rocha e de outros municípios do sertão paraibano ganharam as ruas nesta terça-feira, dia 12, em defesa da aprovação do piso salarial da categoria, que ainda não foi votado pela Câmara dos Deputados, em Brasília. Estava programada para a tarde desta terça-feira, no entanto, os líderes partidários decidiram cancelar as votações do Plenário para buscar acordo sobre duas propostas polêmicas que estão na agenda: o marco civil da internet (PL 2126/11) e o piso salarial de agentes comunitários de saúde e combate a endemias (PL 7495/06).
A
Federação dos Trabalhadores em Serviço Público no Estado da Paraíba
(Fetasp-PB) esteve representada na mobilização em Catolé do Rocha,
através dos seus sindicatos filiados na micro região 89 e na região do
médio Piranhas, como sindicato dos trabalhadores municipais de Bom
Sucesso, sindicato dos servidores de Brejo do Cruz e sindicato dos
servidores públicos do município de Brejo dos Santos.
Em grande número, os agentes comunitários de saúde percorreram as ruas centrais de Catolé do Rocha, demonstrando força e unificação em defesa de um piso salarial. Aproveitaram a passeata ainda para comemorar o Dia do Agente Comunitário de Saúde, comemorado nacionalmente no último dia 4. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bom sucesso, Israel Alves de Oliveira, que representou a Fetasp-PB e a CSPB, fez explanação sobre a defesa de um piso justo para todos os agentes comunitários de saúde e endemias. Para ele, essa posição pública assumida pela federação, representa o anseio de mais 250,9 mil agentes comunitários de saúde espalhados pelo Brasil e que cobrem atendimento a mais de 70% de toda população brasileira nos municípios. Essa bandeira faz parte de um dos projetos de resgate da valorização gradual e paulatina que está sendo administrado pela federação dos servidores públicos em todas as esferas de governo, afirmou. De acordo com pesquisa da CNT/MDA, a saúde é a área que mais precisa de melhorias por 87,4% da população. A Câmara dos Deputados, por sua vez, havia pautado a análise em plenário do projeto que fixa em R$ 950 o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. Para o governo, este piso pode onerar os cofres públicos em R$ 2,5 bilhões anuais. No entanto, líderes políticos apresentaram uma nova proposta: reduzir o piso para R$ 903. Esta atitude não vem sendo aceita pelos agentes comunitários de saúde de todo o país. A função de agente comunitário de saúde surgiu no Ceará em 1987, sete anos antes do Programa Saúde da Família. Depois a experiência dos Agentes Comunitários de Saúde foi replicada em todo o Brasil. O Ceará saiu na frente também na estadualização dos ACSs, acabando com a precarização do trabalho quando no dia 1º de maio de 2008 o governo do Estado incorporou 8.023 profissionais na folha de pagamento da Secretaria da Saúde do Estado. Assessoria de Imprensa
Fonte: FETASP PB
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