De acordo com a
edição desta segunda-feira (11), do jornal Folha de São Paulo, algumas
lideranças políticas estão lançando familiares à disputa eleitoral de
2014 em função da inelegibilidade.
É citado o caso de Pedro Cunha Lima, 25, filho do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que tentará vaga na Câmara dos Deputados.
“Sempre
cultivei o sonho de me tornar professor, mas percebi que posso
contribuir com a Paraíba”, disse Pedro. Conforme o jornal, Cássio foi
cassado quando era governador da Paraíba e está inelegível até o próximo
ano.
Reportagem
"Políticos ‘fichas-sujas’ apostam em parentes para manter o poder
Impedidos
de disputar as eleições no próximo ano, políticos enquadrados na Lei da
Ficha Limpa têm um plano B: muitos deles tentarão eleger parentes e
afilhados ao Legislativo em 2014.
Até
quem diz que estará na disputa –todos ainda poderão brigar na Justiça
para participar do pleito– já prepara algum herdeiro para o caso de ter a
candidatura barrada. Em geral, os sucessores são jovens e disputarão a
primeira eleição. Formado em direito, Pedro Cunha Lima, 25, filho do
senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), tentará vaga na Câmara dos
Deputados.
“Sempre
cultivei o sonho de me tornar professor, mas percebi que posso
contribuir com a Paraíba”, disse Pedro. Cássio Cunha Lima foi cassado
quando era governador da Paraíba e está inelegível até o próximo ano.
Eleito senador em 2010, só foi empossado no ano seguinte após o Supremo
Tribunal Federal definir que a Lei da Ficha Limpa não teve validade para
aquela eleição.
A
regra que torna os políticos “fichas-sujas” inelegíveis começou a valer
nas eleições municipais de 2012 e será aplicada pela primeira vez em
2014 nas disputas para presidente, governadores, deputados e senadores.
Pela
lei, não podem se candidatar políticos condenados em decisão final,
quando não cabem recursos, ou colegiada -mais de um juiz. Também fica
impedido quem teve contas rejeitadas, mandato cassado ou renunciou para
escapar de cassação.
A
legislação não impede que parentes de “fichas-sujas” participem das
eleições. Em 2012, alguns desses políticos que elegeram afilhados
acabaram integrando as gestões ou mesmo exercendo os mandatos na
prática.
“Seria
um grande avanço se essas pessoas [com ficha suja] fossem proibidas de
participar da administração”, diz o juiz Márlon Reis, um dos autores da
Lei da Ficha Limpa.
Em
Rondônia, parentes do deputado Natan Donadon (ex-PMDB) e do senador Ivo
Cassol (PP) preparam-se para seguir os padrinhos, que tiveram mandato
preservado mesmo após condenados pelo STF, mas estão inelegíveis.
Preso
há cinco meses, Donadon espera eleger o sobrinho Junior, 36, deputado
federal. Donadon foi condenado a mais de 13 anos de prisão por desvio de
recursos do Legislativo estadual.
Cassol,
condenado a mais de quatro anos em regime semiaberto por fraude em
licitações, quer ver a filha Karine, 23, na Assembleia de RO."
@folhadosertao
com Folha de S. Paulo
A NOTICIA BOM SUCESSO PB
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