Atualmente deputado federal, Azeredo nega ter participado de esquema |
Testemunhas de acusação e defesa já foram ouvidas, mas julgamento pode atrasar ainda mais caso Celso de Mello, revisor do processo, se aposente
Felipe Recondo - O Estado de S.Paulo
O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para julgar o
esquema do mensalão mineiro no primeiro semestre de 2014, ano de
eleições presidenciais. O esquema é apontado pelo Ministério Público
(MP) como embrião da Ação Penal 470, que resultou na prisão de líderes
do PT em novembro, como o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do
partido, deputado licenciado José Genoino e o ex-tesoureiro da sigla
Delúbio Soares.
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Sergio Dutti/Estadão
Atualmente deputado federal, Azeredo nega ter participado de esquema
A nova ação, que deve ser levada a julgamento no primeiro semestre do
ano que vem pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo,
envolve o ex-presidente do PSDB-MG Eduardo Azeredo. Ele foi acusado de
peculato e lavagem de dinheiro para financiar sua campanha à reeleição
ao governo do Estado em 1998. Outro político mineiro que responde ao
processo é o senador Clésio Andrade (PMDB). Ambos foram delatados pelo
empresário Marcos Valério, também delator do outro mensalão, que
culminou em sua condenação e na sua prisão junto com Dirceu, Genoino e
Soares.
De acordo com o Supremo, todas as testemunhas de acusação e de defesa já foram ouvidas pelo relator do processo.
Em outubro deste ano, Barroso questionou Azeredo sobre o interesse do
réu de ser novamente interrogado. O deputado disse que não tinha
interesse em falar novamente. O processo foi então remetido para que a
Procuradoria-Geral da República se manifestasse sobre eventual interesse
na produção de novas provas complementares.
Quando o processo retornar ao STF, a mesma oportunidade será aberta a
Azeredo. Depois disso, o relator abre a possibilidade para Azeredo e o
Ministério Público apresentarem ao tribunal as alegações finais.
Depois dessa última etapa, Barroso começa a preparar seu voto. Em
seguida, encaminha o processo para o ministro Celso de Mello, revisor da
ação penal e integrante mais antigo da Corte.
Atraso. Se o decano do tribunal antecipar sua
aposentadoria, hipótese comentada nos bastidores do Supremo, o caso pode
sofrer um atraso e ser julgado apenas às vésperas das eleições ou
apenas em 2015.
Se for julgado no ano que vem, o processo contra Azeredo vai ser uma
das principais munições do PT contra o uso eleitoral que a oposição deve
fazer da prisão de medalhões petistas condenados por envolvimento no
esquema de compra de apoio político no Congresso para a eleição de Lula
em 2005.
Em sua defesa, Azeredo afirma que o mensalão tucano nunca existiu.
O ESTADO DE S. PAULO
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