A Justiça estar condenando Gestores e Ex-gestores por
improbidade administrativa, o motivo é a contratação de servidores sem concurso
público ou de maneira irregular; em vários casos os gestores alegam, que a contratação temporária de excepcional
interesse público; mas a justiça em vários casos estar vendo a tentativa dos
governantes de burlar as leis. Já tivemos vários casos de condenação pelo
nordeste e Brasil afora, que serve de alerta para os gestores da nossa região.
Vejam os exemplos:
Justiça condena ex-prefeitos por improbidade administrativa
Foram condenados os ex-prefeitos de Igarapé Grande e Bernardo do Mearim.
SÃO LUÍS - Em sentenças assinadas na última quarta-feira, 23, o titular
da Comarca de Igarapé Grande, juiz Marcelo Moraes Rego de Souza
condenou os ex-prefeitos do município Edvaldo Lopes Galvão e Geames
Macedo Ribeiro, e de Bernardo do Mearim (termo judiciário) Mariano Diva
da Costa Neto e Izalmir Vieira da Silva pelo crime de improbidade
administrativa representado pela contratação de servidor sem concurso
público.
Com a condenação, todos os ex-prefeitos
devem ressarcir os danos ao erário municipal correspondente ao valor
dispendido pelo ente público durante o prazo da contratação ilegal do
servidor. Diz o juiz: “após o trânsito em julgado da sentença, o
Município será oficiado para calcular quanto foi pago a cada servidor”.
Marcelo destaca ainda que o ressarcimento ao erário é de natureza
imprescritível.
À exceção de Mariano Diva (por
haver transcorrido mais de cinco anos entre a propositura da ação e o
fim do mandato), todos os ex-prefeitos foram condenados também a 05
(cinco) anos de suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa
civil no valor de 15 (quinze) vezes o valor da última remuneração
recebida como prefeito municipal e proibição de contratar com o Poder
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário.
As sentenças atendem a
ações civis públicas por ato de improbidade administrativa propostas
pelo Ministério Público contra os ex-gestores dos municípios de Igarapé
Grande e Bernardo do Mearim.
Excepcional interesse
público - Nas palavras do titular da comarca, os requeridos
(ex-gestores) confirmaram as contratações dos servidores sem concurso
público, argumentando o amparo das leis municipais que autorizam a
contratação temporária de pessoal. “Sucede que a CF, em seu artigo 37,
inciso II, estabelece a inserção no serviço público, como regra, através
de concurso público, sendo a contratação temporária a exceção, desde
que houvesse necessidade de excepcional interesse público”, diz o juiz.
Referindo-se às contratações em Igarapé Grande, Marcelo Moraes Rego
destaca ainda que os cargos ocupados pelos servidores contratados pelos
ex-gestores não possuíam caráter temporário (motorista, cozinheiro,
lixeiro, etc., exemplifica), “além de inexistir razoabilidade na
manutenção destas pessoas por anos seguidos, sem que a administração
pública realizasse concurso público durante as gestões dos
ex-prefeitos”. E acrescenta: “mesmo ato de improbidade ocorreu na cidade
de Bernardo do Mearim”.
Conclui o magistrado:
“reconheceu-se, assim, o dolo em contratar e manter referidas
contratações irregulares, pois tinham plena e total consciência de que
não agiam com a impessoalidade e a moralidade exigidas para o caso, além
de alheios aos princípios da constitucionalidade e da legalidade”.
“Transitada
em julgado a sentença, inscreva-se no Cadastro Nacional Cível de Atos
de Improbidade Administrativa e Inelegibilidade do CNJ, e oficie-se ao
TER/MA e procuradorias municipal, estadual e da União, informando sobre a
condenação”, consta das sentenças.
Segundo Marcelo
Moraes Rego de Souza tramitam na comarca vários outros processos de
improbidade administrativa contra os mesmos réus.
EM JOSÉ DA PENHA/RN: LEI MUNICIPAL É CONSIDERADA INCONSTITUCIONAL E EX-PREFEITO É CONDENADO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Dispensa de
concurso público na contratação de servidores resultou em condenação
para Abel Kayo Fontes de Oliveira, ex-prefeito de José da Penha. A ação
proposta pelo Ministério Público, que tramitou na comarca de Luís Gomes,
foi julgada procedente pelo juiz Bruno Lacerda Bezerra Fernandes. Com o
trânsito em julgado, o ex-gestor deverá ser incluído no Cadastro
Nacional de Condenações Cíveis por Atos de Improbidade Administrativa,
instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O Ministério
Público considera que Abel Oliveira burlou a regra que permite a
contratação de servidores por tempo determinado, que objetiva atender
necessidade temporária de excepcional interesse público. Por conta
disso, requereu a declaração incidental de inconstitucionalidade da lei
municipal que rege a matéria, bem como a condenação do ex-prefeito por
violar a Lei de Improbidade Administrativa.
O réu
apresentou manifestação prévia, que foi retirada do processo por defeito
de representação. Em seguida, contestou a ação, alegando incompetência
do juízo. O acusado ainda negou a prática do ato de improbidade,
ressaltando que agiu em conformidade com a legislação do município.
Bruno
Lacerda descartou a tese de incompetência do Tribunal de Justiça para
apreciar a causa, uma vez que o segundo mandato consecutivo de Abel
Oliveira findou em 31 de dezembro de 2012, circunstância que pôs fim ao
foro especial. “O réu não negou os fatos imputados na inicial; pelo
contrário, confirmou que realizou as contratações temporárias referidas
na exordial, mas procurou eximir-se de responsabilidade dizendo que agiu
acobertado pela Lei Municipal nº 184/2005”, completou o magistrado.
Para o
julgador, dispositivos da citada Lei são “flagrantemente incompatíveis”
com a regra constitucional. O artigo 1º, por exemplo, autoriza o gestor a
contratar servidores por tempo determinado para para as áreas de
educação, transporte, saúde e atividades auxiliares, como limpeza
pública, fiscalização e arrecadação de tributos. “Ora, é evidente que os
serviços elencados possuem natureza permanente, não podendo ser
considerados como de necessidade temporária de excepcional interesse
público, situação de emergência ou de calamidade pública”, afirmou o
juiz.
O
ex-prefeito teve seus direitos políticos suspensos por cinco anos,
devendo ainda pagar multa civil correspondente a 20 vezes o valor da
remuneração recebida na época dos fatos. A condenação fala também em
proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo
de três anos.
Justiça condena ex-prefeito Ronaldo Soares por improbidade administrativa
O ex-prefeito, além do ressarcimento integral do prejuízo ao erário, pagará multa
O ex-prefeito de Assú, Ronaldo da Fonseca Soares, foi condenado por
improbidade administrativa em sentença proferida pela juíza Flávia Sousa
Dantas Pinto. Atendendo pedido de um vereador da cidade, o então gestor
concedeu gratificação indevida a uma servidora pública, fato que
resultou em danos ao erário. O ex-prefeito e servidora deverão ressarcir
valores aos cofres municipais.
A ação civil de improbidade administrativa, de iniciativa do
Ministério Público, buscava punir o ex-prefeito, o vereador e a ASG
beneficiada. Ronaldo Soares, ouvindo solicitação do vereador João
Batista de Brito, concedeu à servidora gratificação de função de chefe
de gabinete, sem que a mesma tivesse realizado qualquer ato inerente à
respectiva função.
Segundo a magistrada, consta dos autos que, alegando “sentimento de
caridade”, o vereador intercedeu junto ao prefeito, buscando solução
para problemas pessoais da colega ASG. Esta passou a receber
gratificação especial, sem jamais exercer a função de chefia, durante os
nove meses em que recebeu o aporte financeiro.
“Sem dúvidas, o recebimento desta gratificação, nos moldes em que se
deu, provocou enriquecimento ilícito da servidora, a qual teve
incorporado ao seu patrimônio verbas destinadas ao desempenho de uma
função que jamais chegou a exercer”, considerou a magistrada.
Flávia Sousa Dantas Pinto julgou parcialmente procedente o pedido,
considerando que a servidora e ex-prefeito praticaram atos de
improbidade. A ASG deverá ressarcir integralmente valores recebidos de
forma ilegal, acrescidos de atualização e de juros de mora de 1% ao mês.
Deverá ainda pagar multa civil correspondente à metade do valor do
dano. O ex-prefeito, além do ressarcimento integral do prejuízo ao
erário, pagará multa civil correspondente a uma vez o valor do dano
apurado.
Rosalba é condenada por improbidade por contratação irregular e vira “ficha suja”
O MP alegou que os servidores contratados temporariamente promoviam atividades em diversos setores da Administração Municipal, cujas atribuições públicas possuem "natureza permanente, obrigatória e imprescindível diante das responsabilidades constitucionais dos Municípios"
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte publicou decisão em que o
colegiado de desembargadores condena a governadora Rosalba Ciarlini
(DEM) por improbidade administrativa, tornando-a “ficha suja” por
enquadramento na lei complementar 135, de 2010. Com isso, a governadora
fica apta a perder o mandato e também não poderá disputar eleição. Mas,
da decisão, ainda cabe recurso.
O caso aconteceu quanto Rosalba era prefeita de Mossoró. A atual
governadora do Rio Grande do Norte foi condenada por improbidade
administrativa por ter contratado servidores sem concurso público, entre
1997 e 2004. Como punição, ela deve pagar multa civil no valor de R$ 30
mil. A condenação foi publicada no site do Tribunal de Justiça do RN
nesta quarta-feira.
Segundo a sentença, Rosalba também está proibida de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. Para o
Ministério Público, Rosalba Ciarlini, na condição de governante, teria
admitido pessoal para prestar serviço ao Município sem a deflagração do
devido concurso público, em situações que não caracterizam necessidade
temporária de excepcional interesse público.
Para o MP, a conduta da ex-prefeita caracteriza ato de improbidade
administrativa, justamente porque as contratações temporárias realizadas
pela gestora não se enquadram na situação de temporariedade, muito
menos de excepcionalidade. O Ministério Público alegou que os servidores
contratados temporariamente promoviam atividades em diversos setores da
administração municipal, cujas atribuições públicas possuem “natureza
permanente, obrigatória e imprescindível diante das responsabilidades
constitucionais dos Municípios”.
Com isso, a ex-prefeita teria violado a regra constitucional do
concurso público, conduta que se amolda ao tipo do artigo 11, inciso V
da Lei nº. 8.429/92. Para o juiz Airton Pinheiro, as funções
desempenhadas pelos profissionais contratados eram de caráter permanente
e fundamentais ao Município, de modo que não poderiam ser desenvolvidas
de forma transitória. Os profissionais são essencialmente da área de
saúde: médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos de enfermagem e
fisioterapeutas.
“Figura inquestionável o dolo da ré em violar o seu dever de realizar
concurso público para admissão de pessoal, postura adotada durante os
anos de sua gestão, optando claramente pela celebração de inúmeros
contratos temporários para suprir atividades permanentes da
administração pública”, disse o magistrado.
TRE define 4 de maio para mossoroense escolher novo prefeito
A cidade de Mossoró, segundo maior colégio eleitoral do RN, terá
eleições suplementares para prefeito no dia 4 de maio. A decisão foi
tomada na sessão de ontem a tarde do pleno do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE).
A nova data foi apresentada em resolução no final da sessão pelo
presidente da Corte eleitoral, desembargador Amílcar Maia. O documento
foi aprovado por todos os juízes.
Na mesma sessão desta terça-feira, os juízes mantiveram o afastamento
de Cláudia Regina (DEM) e Wellington Filho (PMDB) da prefeitura de
Mossoró. A decisão respaldou a juíza da 34ª Zona Eleitoral, Ana Clarisse
Arruda que, em outubro, decidiu pelo afastamento da prefeita e do vice
pelos crimes do abuso de poder econômico durante as eleições de 2012.
Essa é a 10ª condenação da prefeita de Mossoró na Justiça Eleitoral. A
cidade está sendo administrada pelo presidente da Câmara, Francisco José
Júnior, que pretende ser candidato a prefeito caso haja realmente uma
nova eleição. A deputada estadual Larissa Rosado, que ficou em segundo
lugar no pleito de 2012, também pretende concorrer novamente. Pelo grupo
da governadora Rosalba Ciarlini, não há definição de nomes que possam
entrar na disputa.
Convenções partidárias serão realizadas de 2 a 6 de abril
Nesta terça, o TRE publicou a resolução com os detalhes sobre a
eleição suplementar em Mossoró. De número 3, datada de 25 de fevereiro,
estabelece a decisão e normatização para que se realize pleito
suplementar para prefeito e vice. Conforme a resolução, as eleições vão
acontecer no dia 4 de maio deste ano. Os juízes eleitorais José Herval
Sampaio Júnior (33ª Zona Eleitoral) e Ana Clarisse Arruda Pereira (34ª
Zona Eleitoral) vão conduzir o pleito. O dispositivo – com 12 páginas –
foi aprovado à unanimidade do plenário do TRE. Entre os pontos
principais da medida administrativa constam que as convenções
partidárias serão realizadas no período de 2 a 6 de abril. O candidato
deverá desincompatibilizar-se de cargo gerador de inelegibilidade nas 24
(vinte e quatro) horas seguintes à sua escolha em convenção.
A resolução também define que o prazo para a entrega, em Cartório, do
requerimento de registro dos candidatos se encerrará às 19 (dezenove)
horas do dia 11 de abril. O Juízo Eleitoral providenciará a fixação do
edital, em local de costume, no mesmo dia em que receber o pedido,
passando a correr prazo para impugnações, nos termos do art. 3º da Lei
Complementar nº 64/90.
A partir do dia 11 de abril até a diplomação dos eleitos, os
Cartórios Eleitorais da 33ª e 34ª Zonas funcionarão diariamente das 8 às
19 horas, e, em regime de plantão, aos sábados, domingos e feriados,
das 14 às 19 horas.
Quanto à Propaganda Eleitoral, o calendário estabelece o dia 12 de
abril– Sábado (22 dias antes) como a data a partir da qual será
permitida a propaganda eleitoral. Também nesse dia os candidatos, os
partidos políticos ou as coligações podem fazer funcionar, das 8 às 22
horas, alto falantes ou amplificadores de voz, nas suas sedes ou em
veículos, bem como realizar comícios e utilizar aparelhagem de
sonorização fixa, das 8 às 24 horas. Também no dia 12 será permitida a
propaganda eleitoral na Internet, vedada veiculação de qualquer tipo de
propaganda paga.
Quanto à propaganda em Rádio e TV, ficou definido o dia 24 de abril
para o início do período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na
televisão. 1º de maio será o último dia para divulgação da propaganda
eleitoral gratuita no rádio e na televisão. E, também, último dia para
propaganda política mediante reuniões públicas ou promoção de comícios e
utilização de aparelhagem de sonorização fixa entre as 8 e às 24 horas.
O dia 3 de maio será o último dia para propaganda eleitoral mediante
alto falantes ou amplificadores de som entre às 8 e 22 horas. Neste dia,
até às 22 horas, poderá haver promoção de caminhada, carreata, passeata
ou carro de som e distribuição de material gráfico de propaganda
política, inclusive volantes e outros impressos. No dia 4 de maio ocorre
a eleição. A diplomação, apurados os votos e reconhecido o vencedor,
será no dia 31 de maio, que é o último dia do prazo para a cerimônia de
diplomação dos eleitos pela Justiça.
Imirante.com, Jornal de Hoje e Blog do Raul Figueiredo
então porque o atual prefeito de bom sucesso ainda não foi condenado? pois estes casos estar acontecendo no municipio, não só agora, mas esta pratica é antiga
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