Energia elétrica mais cara em 2015 |
A Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26) que foi
fixada para janeiro bandeira tarifária de cor vermelha para os consumidores de
todos os estados do país, com exceção do Amazonas, Amapá e Roraima (que ainda não
estão interligados com o sistema nacional de energia elétrica).
A definição da bandeira de cor vemelha, lembrou a Aneel,
significará um acréscimo de R$ 3,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos
no mês que vem.
O aumento da energia
acontecerá porque, em janeiro de 2015,
começará a vigorar o sistema de bandeiras tarifárias - que contará
com as cores verde, amarela e vermelha - indicando as condições de geração de
energia no país. O sistema funcionará como um "semáforo de trânsito",
sinalizando nas contas de luz o custo de geração de energia para o consumidor.
Com a seca, as
hidrelétricas passaram a gerar menos energia e as térmicas, cujo custo de
geração é mais caro, foram acionadas. Com isto, a energia ficou mais cara no
país.
Atualmente, os custos
com compra de energia pelas distribuidoras são incluídos no cálculo de reajuste
das tarifas dessas distribuidoras e são repassados aos consumidores uma vez por
ano, quando a tarifa reajustada passa a valer para os consumidores. Com as
bandeiras tarifárias, uma parte do reajuste anual concedido às distribuidoras
será diluído.
Conta
de luz de R$ 100 terá acréscimo de R$ 6 em SP
Hoje, um cliente residencial da Eletropaulo, em São Paulo, por exemplo, paga R$ 100 para um consumo mensal de cerca de 240 quilowatts-hora (kWh). Em janeiro, com a bandeira tarifária, a conta de luz para a mesma quantidade de consumo subirá para pelo menos R$ 106.
O que significam as bandeiras?
Segundo o órgão, a bandeira verde significa "custos baixos" para gerar a energia e nenhum acréscimo na tarifa. A bandeira amarela, por sua vez, indica um sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando e a tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora (KWh) consumidos.
Já a bandeira vermelha
sinaliza que a oferta de energia para atender a demanda dos consumidores ocorre
com maiores custos de geração, como, por exemplo, o acionamento de grande
quantidade de termelétricas para gerar energia, que é uma fonte mais cara do
que as usinas hidrelétricas. Nesse caso, a tarifa sofre acréscimo de R$ 3,00
para cada 100 KWh consumidos.
Adequar
o consumo ao preço
Com as bandeiras, haverá, portanto, uma sinalização mensal do custo de geração da energia elétrica que será cobrada do consumidor, com acréscimo das bandeiras amarela e vermelha. Essa sinalização dá, ao consumidor, a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar.
"O sistema de
bandeiras é para o consumidor poder reagir ao momento de preço. Para o
conumidor conhecer quanto está custando naquele momento e consumir de uma
maneira consciente. É uma ferramenta a mais para melhor adequar o consumo. Se
estamos em um momento de escassez e custo alto, por exemplo, ele colabora consumindo
menos e isso tem um benefício para o sistema", afirmou o diretor-geral da
Aneel, Romeu Rufino, neste mês.
Está prevista para o dia
30 de janeiro a divulgação das bandeiras tarifárias para o período de fevereiro.
Bandeiras
já são divulgadas
A Aneel lembrou que, em "caráter educativo" e para facilitar a compreensão do sistema, 2013 e 2014 foram estabelecidos como anos testes e a Agência divulgou mês a mês as bandeiras em funcionamento nesse período.
No ano de 2014, foi
acionada a bandeira amarela no mês de janeiro para todos os subsistemas (Norte,
Nordeste, Sul, Sudeste/Centro-Oeste), e no restante do ano (com o acionamento
das usinas térmicas) a bandeira vermelha para todos os subsistemas, informou a
Aneel.
Do G1, em Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário