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27 de junho de 2015

Dez são presos suspeitos de fraudar licitações com desvios de R$ 18 milhões na Paraíba

Sete carros foram apreendidos
Sete carros foram apreendidos
Investigações indicam que a organização criminosa vinha atuando, pelo menos, desde 2009

Uma quadrilha especializada em fraudar licitações em obras e serviços de engenharia de 16 prefeituras da Paraíba deve ser desarticulada na manhã desta sexta-feira (26) em operação deflagrada pelo Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Polícia Federal. Estima-se que o grupo tenha desviado R$ 18,3 milhões de verbas federais. Até a noite desta sexta-feira (26), dez pessoas haviam sido presas e apreendidos 11 veículos, três armas e R$ 174 mil.
As investigações indicam que a organização criminosa vinha atuando, pelo menos, desde 2009, desviando recursos federais através de irregularidades em licitações e contratos públicos, em especial a montagem de procedimentos licitatórios e a venda de notas fiscais. Os crimes também incluem lavagem de dinheiro através de empresa fantasma. 
Intitulada Andaime, a operação cumpriu três mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária, quatro mandados de condução coercitiva, 15 medidas de sequestro de bens e 18 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 8ª Vara da Justiça Federal em Sousa (Sertão da Paraíba, a 438 km de João Pessoa).
As buscas e apreensões ocorreram nas sedes das prefeituras de Cajazeiras, Joca Claudino, Bernardino Batista e Cachoeira dos Índios, em quatro estabelecimentos comerciais de Cajazeiras e nas residências de 11 pessoas físicas, nos municípios de Cajazeiras, Uiraúna e Joca Claudino, dentre as quais constam empresários e engenheiros responsáveis por obras e serviços de engenharia custeados com recursos federais.
Cerca de 90 agentes da Polícia Federal e dez auditores da CGU participaram da operação. Os investigados responderão pelos crimes de fraude à licitação, desvio de recursos públicos, organização criminosa e lavagem de dinheiro. 
O procedimento investigatório criminal do MPF está embasado em relatórios de auditoria da CGU, informações policiais e relatórios de análise obtidos a partir do afastamento do sigilo de alguns investigados. 
Em coletiva, MPF explicou o caso
Foto: Em coletiva, MPF explicou o caso
Créditos: Cícero Araújo (Vitrine Patos)

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