O novo ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra (FOTO), afirmou antes de sua posse que o Bolsa Família não pode ser objetivo de vida para as pessoas e que quer oportunizar a saída de beneficiários do programa.
Terra respondia nesta quinta-feira (12) a pergunta sobre declaração da presidente Dilma Roussef relativa ao programa do PMDB que prevê a priorização de benefícios sociais aos 5% mais pobres.
"A pessoa tem que ter renda. Não pode ser objetivo de vida das pessoas viver só do Bolsa Família. O que está acontecendo é que estão entrando e não estão saindo e nós temos que ajudar as pessoas a sair", afirmou Terra, que é deputado federal pelo PMDB-RS.
Disse também: "Se o discurso da presidente é que temos menos de 10% da população na pobreza, por que tem 50 milhões recebendo Bolsa Família?"
O novo ministro falou ainda que o presidente interino Michel Temer orientou o governo a preservar a área social de cortes "a qualquer custo", que "não está havendo desativação de nenhum programa" e está se procurando ver uma maneira de avançar.
Em seu perfil no Twitter, Terra criticou em 2011 o que chamou de uso do Bolsa Família como "coleira política".
"Um programa social, que não estimula a emancipação dos/as chefes de família, que não promova sua autonomia a médio prazo, é coleira política!", escreveu à época.
Também disse na ocasião que a falta de uma porta de saída criava uma "legião de dependentes". "Tem entrada, mas não tem saída! Dependência para sempre!"
REFORMA AGRÁRIA
Para Terra, o "melhor programa social" é a retomada do desenvolvimento social com pleno emprego.
O Ministério do Desenvolvimento Social foi fundido com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo ele, há interconexão entre as duas áreas que podem ajudar a melhorar os programas.
Crítico do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a quem já acusou de receber dinheiro "do contribuinte venezuelano", disse que terá uma boa relação com os assentados.
Mas o deputado federal do PMDB terá que conviver no ministério com outro partido. A secretaria relativa aos programas de reforma e desenvolvimento agrária será dada a outro partido, o Solidariedade, liderado pelo deputado federal Paulinho.
Com Folha
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