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3 de setembro de 2017

'Fotona' de nu artístico reúne 115 pessoas no Museu da República de Brasília

Homens e mulheres descem rampa de Museu Nacional da República em Brasília para participar de
'Fotona' de nu artístico reúne 115 pessoas no Museu da República de Brasília
Grupo posa em foto de nu artístico em Brasília (Foto: Kazuo Okubo/Divulgação)Modelos formam palavra 'arte' na rampa do Museu Nacional, em Brasília (Foto: Kazuo Okubo/Divulgação)

Nu coletivo no centro da capital federal foi registrado pelo fotógrafo Kazuo Okubo. 'Fotona' é recorde em número de pessoas no Centro-Oeste, segundo organizadores.

Debaixo de um céu sem nuvens em uma praça ampla de cimento e concreto, havia corpos nus. Sem roupa e sem pudor, 115 homens e mulheres compuseram a cenografia da Praça do Museu da República, no coração de Brasília, na manhã deste sábado (2).
A intervenção no espaço urbano foi registrada pelo olhar do fotógrafoKazuo Okubo, que carrega 43 anos de experiência por trás das lentes.
Reconhecido pelo trabalho sensível com a nudez, ele ficou responsável por captar o momento histórico – esta foi a maior foto de nu artístico do Centro-Oeste em número de pessoas, segundo os organizadores.
Fotógrafo Kazuo Okubo registrou nu artístico coletivo com 115 pessoas no Museu da República em Brasília (Foto: Luiza Garonce/G1)
Do alto de um guindaste a 20 metros de altura, o fotógrafo, munido de um alto falante, coordenou os participantes para formar desenhos. Um drone também registrou a intervenção.
Segundo o idealizador da foto-protesto, Diego Ponce de Leon, a ideia de fazer um nu coletivo e registrar o momento surgiu da vontade de "contrariar o panorama retrógrado e careta da cidade opressora que não abarca a arte".
Fotógrafo Kazuo Okubo após registro de
O projeto da "fotona" ganhou força quando o artista paranaense Maikon Kempinski foi detido pela Polícia Militar do DF, em 15 de julho, justamente enquanto fazia uma performance nu no mesmo local.
"Estava cansado dessa ideia de que em Brasília ninguém se esbarra, onde o conservadorismo toma conta", disse na abertura do evento. "O grande problema [na apresentação do Maikon] era só um corpo nu."
A ação deste sábado foi organizada em parceria com o festival internacional de teatro Cena Contemporânea, que convidou o artista para voltar a Brasília e repetir a performance exatamente como havia tentado fazer, em praça pública. A apresentação, “DNA de Dan”, será realizada às 17h.
Para evitar que o nu coletivo fosse impedido, mais uma vez, por policiais (ou mesmo por pessoas comuns), os organizadores conseguiram autorização da Secretaria de Segurança, que montou um alambrado para demarcar a área onde a intervenção ocorreu.
Fotógrafo Kazuo Okubo em cima de guindaste para registrar Pessoas reunidas em frente ao Museu Nacional da República em Brasília para Pessoas nuas fazem formato de mandala e artista Maikon K. se posiciona no centro em frente ao Museu Nacional da República em Brasília (Foto: Luiza Garonce/G1)Pessoas escrevem nos corpos nus durante intervenção no Museu Nacional da República em Brasília (Foto: Luiza Garonce/G1)Homens e mulheres descem rampa de Museu Nacional da República em Brasília para participar de Pessoas sobem rampa do Museu Nacional da República em Brasília para participa de Pessoas reunidas em frente ao Museu Nacional da República em Brasília para

G1 DF

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