O Flamengo é tetracampeão da Copa São Paulo de Juniores. Nesta quinta-feira, feriado pelo aniversário da capital paulista, o Rubro-Negro venceu o Tricolor por 1 a 0 com gol de Wendel, marcado aos três minutos do primeiro tempo. Depois, os cariocas mostraram força defensiva para parar o ótimo ataque adversário e fazer a festa na cidade rival.
Antes de a bola rolar, a torcida do Flamengo, ocupando o setor do Tobogã no Pacaembu, foi quem começou a fazer barulho, ainda durante o aquecimento dos goleiros rubro-negros. Os gritos dos flamenguistas acordaram o estádio tomado por tricolores, que responderam com vaias aos cariocas e estabeleceram um clima de pressão sobre os visitantes até o início do jogo.
Com o apito inicial, porém, a pressão cessou. Logo aos três minutos, Pepê cobrou escanteio da direita, a defesa não cortou na primeira trave, e Wendel testou firme no canto para inaugurar o marcador e colocar o Flamengo na frente. O gol foi uma redenção para o garoto, que vinha sendo criticado pelas atuações.
Na frente do placar, os jovens flamenguistas fizeram cera desde o início da decisão, atrasando a partida em cobranças de falta e tiro de meta. A única punição pelo atraso, porém, veio no segundo tempo, quando o goleiro Yago, e o meia Pepê receberam o cartão amarelo.
Em termos de organização tática, a vitória dos cariocas foi inquestionável. O técnico Mauricio Ferreira armou sua equipe com duas linhas de quatro bem postadas e apenas Lucas Silva e Fabrício Bill no campo de ataque.
Já André Jardine viu sua equipe desarrumada em campo, mantendo apenas a linha de quatro defensores, e com os outros atletas fazendo uma marcação quase individual. Assim, os únicos lampejos do Tricolor vieram pelo lado direito do ataque, com ótimos dribles de Helinho e boa movimentação de Igor Gomes.
O segundo tempo foi marcado pela supremacia do São Paulo em campo e a arbitragem pífia de Lucas Canetto Belotte. Além de ser conivente com a cera dos cariocas, o juiz ainda protagonizou um lance ridículo, quando precisou repetir uma jogada de bola ao chão por três vezes.
O Flamengo se aproveitou do nervosismo que tomou conta das duas equipes e conseguiu segurar o adversário – na cera, na falta e na bola, com uma ótima marcação. Quando a partida foi parada para hidratação dos atletas, aos 30 minutos, se resumia a isso: um ataque rápido e habilidoso contra uma defesa bem postada.
Nos minutos finais, mesmo empurrado pela torcida, o São Paulo deixou o nervosismo atrapalhar seus atletas e pecou em jogadas decisivas, como cobranças de falta e finalizações cara a cara com o goleiro Yago. O Flamengo mostrou cansaço e precisou abusar das faltas, mas segurou o Tricolor e ficou com o título.
GAZETA ESPORTIVA
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