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1 de janeiro de 2023

Lula assume neste domingo pregando a união contra o ódio, 20 anos após dizer que esperança venceu o medo.

 

Sete anos após ser apeado da Presidência por um impeachment, o PT volta hoje ao Palácio do Planalto disposto a dividir o poder com um número inédito de aliados em busca de governabilidade. Para isso, entregou quase metade dos ministérios — 16 dos 37 — para nomes de outros partidos. Nos dois discursos preparados para a cerimônia de posse — um no Congresso e outro na área externa do Planalto —, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pretende reforçar a necessidade de a sociedade brasileira superar o ódio que tem marcado as discussões políticas como forma de preservar a democracia. O petista terá como desafio governar uma nação dividida, sob a sombra de uma direita fortalecida pelo bolsonarismo.

A fala do Congresso será mais solene, com a defesa da harmonia entre os Poderes, do respeito às instituições, da soberania nacional e da necessidade de resgatar o prestígio do Brasil no exterior. O texto preparado para o parlatório, por sua vez, terá tom emocional. Um dos compromissos que o presidente assumirá será o de tirar o Brasil do mapa da fome. Também vai tratar do desmatamento da Amazônia, dirá que seu antecessor, Jair Bolsonaro, deixou para trás um cenário de deterioração da máquina pública, e citará ainda o risco das fake news para o processo democrático. Enquanto em 2003, quando assumiu o cargo pela primeira vez, a palavra central era “mudança”, agora será “reconstrução”.

“Novos desafios”

A redação final dos discursos foi feita pelo escritor José Rezende Jr, responsável pelos principais pronunciamentos do petista na campanha eleitoral. Mas aliados não descartam que Lula decida falar de improviso no parlatório do Planalto, quando estará frente a frente com uma multidão de apoiadores que viajou a Brasília para presenciá-lo vestindo a faixa presidencial pela terceira vez.

— O Brasil mudou muito. São novos desafios, a situação está bem diferente. É um governo de frente ampla. Um sinal bom para o Brasil, até para restabelecer a paz. Restabelecer a normalidade do país, os direitos. Se fizer isso, já está bom — afirmou ao GLOBO o vice-presidente do PT, deputado federal José Guimarães (CE), escolhido por Lula para ser o líder do novo governo na Câmara.




O Globo

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