O
IPCA-15 desacelerou com força e ficou perto de zero em junho. Ficou em 0,04%,
bem abaixo da taxa de maio (0,51%). Efeito da queda dos preços dos combustíveis
e dos alimento. Em 12 meses, o índice acumula alta de 3,4%, também menor que
nos 12 meses encerrados em maio, abrindo espaço para a queda dos juros no
segundo semestre.
·
Foi a menor taxa para junho desde 2020, ano da
pandemia. Em junho de 2022, o IPCA-15 foi de 0,69%
·
Apesar da desaceleração, o índice veio acima das
expectativas. Economistas ouvidos pela Valor Data esperavam alta de 0,02%
·
A gasolina foi o item que mais contribui para a
perda de fôlego da inflação:
caiu 3,4%
Entre os grupos, Transportes foi o que mais puxou o
IPCA-15 para baixo. Houve recuo de 0,55%. Além da gasolina, os demais
combustíveis também registraram queda nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol
(-4,89%) e gás veicular (-2,16%).
E os preços do automóvel novo caíram 0,84%. O
governo lançou um novo programa de incentivo ao carro popular neste mês, que
têm levado a descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil por unidade.
O grupo Alimentação e bebidas também teve deflação
em junho (-0,51%), após alta de 0,94% no mês anterior. A alimentação no
domicílio caiu de 1,02% em maio para -0,81% em junho, influenciada pelas quedas
do óleo de soja, leite longa vida e carnes.
Já energia elétrica residencial e planos de saúde
pressionaram o índice para cima, com avanço de 1,45% e 0,38%.
O IPCA-15 mede a variação de preços entre o dia 15
do mês anterior e o dia 15 no mês corrente. É considerado uma prévia da
inflação oficial.
A queda no indicador sinaliza que o Banco Central
terá espaço para cortar juros. A Ata do Comitê de Política Monetária (Copom),
divulgada hoje, indica que poderá haver corta da taxa em agosto, se a inflação ceder.
A meta de inflação para este ano é de 3,25%.
O Globo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário