O vereador e candidato a vice-prefeito de Duas Estradas, no Brejo paraibano, Gilvan Garcia Carvalho Filho, de 59 anos, popularmente conhecido como Guega (Republicanos), foi vítima de um atentado a tiros na madrugada desta sexta-feira (6). Segundo informações da Polícia Militar, o político chegava à sua residência, localizada na zona rural do município, por volta das 2h da manhã, quando foi abordado por dois homens armados em uma motocicleta.
Os criminosos dispararam contra o veículo de Guega, atingindo o carro com cinco tiros: dois no vidro do passageiro, dois no lado do motorista e um no para-brisa. Felizmente, o candidato não foi ferido e conseguiu escapar sem maiores lesões.
Após o ataque, o vereador dirigiu-se a um consultório médico na cidade de Lagoa de Dentro para um primeiro atendimento e depois foi encaminhado a uma clínica particular em Nova Cruz, no estado do Rio Grande do Norte, onde realizou exames. A Polícia Militar foi acionada logo após o incidente, e diligências foram iniciadas na região. A investigação está sob responsabilidade da Polícia Civil, que trabalha com duas linhas principais: tentativa de homicídio ou tentativa de assalto. Até o momento, os suspeitos não foram identificados.
O atentado sofrido por Gilvan Garcia Filho chama atenção para o aumento de casos de violência envolvendo políticos e candidatos em períodos eleitorais. O clima de disputa e polarização, que muitas vezes eleva a tensão entre adversários, acaba sendo um fator agravante para ações violentas. Historicamente, eleições em regiões mais acirradas politicamente, como o interior da Paraíba, têm registrado casos de ameaças, agressões e, em situações extremas, até mesmo homicídios.
Especialistas em segurança apontam que a polarização política crescente no Brasil cria um ambiente propício para o surgimento de episódios violentos. No entanto, fatores como a ausência de segurança adequada para candidatos, principalmente em zonas rurais e localidades de difícil acesso, potencializam ainda mais o risco.
A Justiça Eleitoral, em parceria com as forças de segurança, tem intensificado a vigilância para evitar que episódios de violência comprometam o pleito. Entre as medidas, destacam-se o reforço no policiamento nas cidades com histórico de conflitos, a instalação de pontos de controle durante eventos eleitorais e a criação de uma linha direta para denúncias. Além disso, os candidatos que se sentem ameaçados podem recorrer ao Ministério Público Eleitoral para solicitar proteção adicional.
No caso de Duas Estradas, o atentado contra Guega demonstra a necessidade de maior atenção das autoridades. Um esforço conjunto entre os órgãos de segurança e a Justiça Eleitoral é crucial para garantir que a população e os candidatos possam exercer seus direitos democráticos em um ambiente seguro.
A proteção de candidatos em áreas mais vulneráveis, o monitoramento constante das redes sociais para detectar discursos de ódio e o incentivo à cultura de paz são ferramentas que podem ser ampliadas para evitar que mais atentados como o sofrido por Guega ocorram.
Nestes Termos: só sei que nada sei
Pereira Júnior
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