Pelo voto não se serve a um amigo, não
se combate um inimigo, não se presta ato de obediência a um chefe, não se
satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e
irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar por 4
anos.
E assim, amigos, quando vocês forem
levianamente levar um voto para o Sr. Fulaninho que lhes fez um favor, ou para
o Sr. Sicrano que tem tanta vontade de ser prefeito, coitadinho, ou para
Beltrano que é tão amável, parou o automóvel, lhes deu uma carona e depois
solicitou o seu voto – lembrem-se de que não vão proporcionar a esses sujeitos
um simples emprego bem remunerado.
Votando, fazemos dos votados nossos
representantes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar,
como se nós próprios fossem.
Votem irmãos, votem. Mas pensem bem
antes. Votar não é assunto indiferente, é questão pessoal, e quanto! Escolham com
calma, pesem e meçam os candidatos, com muito mais paciência e desconfiança do
que se estivessem escolhendo uma noiva.
E agora um conselho final, que pode
parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. Meu amigo e eleitor, se
você estiver comprometido a votar com alguém, se sofrer pressão de algum
poderoso para sufragar este ou aquele candidato, não se preocupe. Não se prenda
infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, à sua dependência ou à
sua timidez. LEMBRE-SE DE QUE O VOTO
É SECRETO.
Se o obrigam a prometer, prometa. Se tem
medo de dizer não, diga sim. O crime não é seu, mas de quem tenta violar a sua
livre escolha. Se, do lado de fora da seção eleitoral, você depende e tem medo,
não se esqueça de que DENTRO DA CABINE VOCÊ É UM HOMEM LIVRE. Falte com a palavra dada à força, e ESCUTE APENAS A SUA CONSCIÊNCIA.
“Palavras o vento leva, mas a
consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno”.
Raquel de Queiroz
*ACM
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