Definido durante assembleia realizada na noite desta quarta-feira, 24, a paralisação das atividades dos funcionários do Banco do Brasil a
partir das 00h00 do dia 30 de abril. Entre as causas que motivaram a
decisão, estão o plano de funções unilateral, que retira direitos; os
descomissionamentos e demissões por ato de gestão; as cobranças de metas
abusivas; e a constante prática de assédio moral.
De acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba, a direção do Banco do
Brasil implementou de forma unilateral, no final de janeiro, um novo
plano de funções comissionadas, alterando drasticamente a folha de pagamento e os direitos dos funcionários da instituição financeira pública.
O que seria o cumprimento de uma promessa da empresa de várias anos –
implantar as funções comissionadas com a jornada legal de seis horas –
surpreendeu tanto o funcionalismo quanto suas entidades sindicais pela
ousadia da gestão de pessoas em alterar as verbas das gratificações de
funções, reduzindo os direitos tanto de funcionários das novas funções
“gratificadas” quanto de todos aqueles que o banco considera funções de
“confiança”.
Essas alterações unilaterais proporcionaram a redução de salários nas funções de seis horas, cerca de 16,25% no Valor de
Referência (VR) e até 80% na gratificação da mesma função. Dessa forma o
BB descumpriu o Acordo Coletivo 2012/2013, ao reduzir as gratificações
de função antes de incorporar a Gratificação Semestral de 25% sobre
todas as verbas, conforme contratado.
Para
o diretor do sindicato e funcionário do BB, Francisco de Assis
(Chicão), os funcionários do BB têm que fazer alguma coisa agora para
que a história não se repita: “de modo semelhante, em 1995 o governo
Fernando Henrique Cardoso promoveu nas estatais, em especial no Banco o
Brasil, um processo de enxugamento, demissões e preparação para as
privatizações. Após um Plano de Demissões Voluntárias (PDV), seguido de
um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) e aposentadorias forçadas o BB
reduziu o quadro funcional de 120 mil para 70 mil trabalhadores. Foram
dias de terrorismo, perseguição, dezenas de suicídio e centenas de
demissões imotivadas por “ato de gestão”, sem justa causa e sem
processos administrativos.
PSO
Ano
passado, dentro das mudanças estruturais, o Banco do Brasil criou as
Plataformas de Suporte Operacional (PSO), tirando os serviços de caixas
das alçadas das agências. Então, os caixas executivos passaram a ser
itinerantes. Assim, ao saírem de casa não sabem sequer onde vão
trabalhar cada dia. Vulneráveis por serem sempre estranhos onde cumprem a
jornada, trabalham à parte e entregues à própria sorte. Sofrem todo o
tipo de problemas, que são constantemente denunciados ao Sindicato.
Assessoria
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