O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi citado pela ONG Transparência Brasil
como um dos parlamentares podem ficar de fora das eleições de 2014 por força da
Lei da Ficha Limpa. Em levantamento inédito, a organização afirma que 17
mandatários brasileiros correm o risco de não conseguirem autorização da
Justiça Eleitoral para disputar o pleito.
O assunto ganhou destaque em matéria publicada na edição eletrônica da
Revista Veja nesta quinta-feira (20). O texto lembra que o senador paraibano já
teve problemas com a Lei da Ficha Limpa quatro anos atrás quando foi barrado
pela Justiça Eleitoral, e só tomou posse após o STF decidir que a norma, mesmo
aprovada, não valeria para a corrida eleitoral de 2010.
Confirma a matéria na íntegra:
Lei da Ficha Limpa pode barrar 16 deputados e 1 senador
Dezessete dos 594 atuais parlamentares podem ficar de fora das eleições de
2014 por força da Lei da Ficha Limpa. É o que mostra levantamento inédito da
ONG Transparência Brasil. São dezesseis deputados e um senador condenados em
segunda instância por improbidade administrativa, compra de votos ou abuso de
poder econômico ou político. O PSD tem quatro parlamentares enquadrados; o
PMDB, três; PSDB, PP e Pros, dois; PT, PSB, PSC e PRP têm um cada.
A Ficha Limpa é uma das poucas leis nascidas da iniciativa popular. O projeto foi enviado ao Congresso em 2009 e aprovado logo em 2010. O Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, anulou a aplicação da lei na eleição daquele ano, adiando seus efeitos para a disputa municipal de 2012. A corrida de 2014 será, portanto, a primeira de âmbito estadual e federal na vigência da lei.
A Ficha Limpa é uma das poucas leis nascidas da iniciativa popular. O projeto foi enviado ao Congresso em 2009 e aprovado logo em 2010. O Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, anulou a aplicação da lei na eleição daquele ano, adiando seus efeitos para a disputa municipal de 2012. A corrida de 2014 será, portanto, a primeira de âmbito estadual e federal na vigência da lei.
O texto prevê catorze hipóteses para afastar das urnas políticos com a ficha
suja. A inelegibilidade, no entanto, não é decretada automaticamente. Para a
aplicação da lei nos casos de improbidade administrativa, por exemplo, é
necessário comprovar que houve prejuízo para os cofres públicos e
enriquecimento ilícito. Cabe à Justiça Eleitoral decidir caso a caso - foram
3.366 recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na eleição de 2012, de um
total de 7.781 processos relacionados ao registro de candidaturas, segundo
balanço divulgado em janeiro pela Corte.
Alguns dos nomes que aparecem no levantamento da Transparência Brasil já tiveram problemas com a Lei da Ficha Limpa quatro anos atrás. É o caso de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o único senador da lista, e do deputado João Pizzolatti (PP-SC). Eleitos em 2010, os dois foram barrados pela Justiça Eleitoral e só tomaram posse após o STF decidir que a norma, mesmo aprovada, não valeria para a corrida eleitoral de 2010.
O deputado Paulo Maluf (PP-SP) também teve a candidatura impugnada em 2010, mas no mesmo ano conseguiu reverter a sentença condenatória e se livrou da punição antes mesmo que o STF adiasse os efeitos da lei para 2012. Em 2013, porém, em nova derrota na Justiça, Maluf foi condenado por improbidade administrativa e superfaturamento de obras.
A Lei da Ficha Limpa ameaça dezessete parlamentares este ano, mas isso não significa que os demais 577 estejam quites com a Justiça, lembra o diretor-executivo da Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo. Na verdade, como mostra levantamento do projeto Excelências, da Transparência Brasil, recentemente relançado, com apoio de VEJA, quase a metade do Congresso (54,8% dos deputados e 46,9% dos senadores) está enrolada na Justiça ou nos tribunais de contas. A grande maioria dos processos, contudo, arrasta-se nos tribunais, sem definição. "É uma invasão de gente com problemas na Justiça", diz Abramo. "A política tem de ser protegida dessas pessoas".
Alguns dos nomes que aparecem no levantamento da Transparência Brasil já tiveram problemas com a Lei da Ficha Limpa quatro anos atrás. É o caso de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o único senador da lista, e do deputado João Pizzolatti (PP-SC). Eleitos em 2010, os dois foram barrados pela Justiça Eleitoral e só tomaram posse após o STF decidir que a norma, mesmo aprovada, não valeria para a corrida eleitoral de 2010.
O deputado Paulo Maluf (PP-SP) também teve a candidatura impugnada em 2010, mas no mesmo ano conseguiu reverter a sentença condenatória e se livrou da punição antes mesmo que o STF adiasse os efeitos da lei para 2012. Em 2013, porém, em nova derrota na Justiça, Maluf foi condenado por improbidade administrativa e superfaturamento de obras.
A Lei da Ficha Limpa ameaça dezessete parlamentares este ano, mas isso não significa que os demais 577 estejam quites com a Justiça, lembra o diretor-executivo da Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo. Na verdade, como mostra levantamento do projeto Excelências, da Transparência Brasil, recentemente relançado, com apoio de VEJA, quase a metade do Congresso (54,8% dos deputados e 46,9% dos senadores) está enrolada na Justiça ou nos tribunais de contas. A grande maioria dos processos, contudo, arrasta-se nos tribunais, sem definição. "É uma invasão de gente com problemas na Justiça", diz Abramo. "A política tem de ser protegida dessas pessoas".
Fonte: ParlamentoPB
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