Empossado há dois dias, o prefeito Cláudio Freire Madruga, do município de Gurinhém, no Agreste da Paraíba, a 75 km de João Pessoa, pode ter o mandato cassado pela Justiça Eleitoral e deixar a chefia do Poder Executivo antes mesmo de chegar o carnaval. O novo gestor está sendo acusado de comandar um esquema de compra de votos envolvendo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município. O advogado do prefeito, José Augusto Nobre Neto, negou as acusações e afirmou ao Correio Online que a denúncia é fruto de um desespero político da parte derrotada na campanha.
Uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi impetrada pelo ex-gestor Tarcísio Saulo de Paiva, que acusa o atual prefeito de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio e pede a cassação e a inelegibilidade de Cláudio Madruga por oito anos. Madruga venceu as eleições por uma diferença de apenas 19 votos.
De acordo com a ação impetrada na Justiça Eleitoral, o crime teria ocorrido por meio de pagamento de mensalidades atrasadas de filiados ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gurinhém. Constam nos autos do processo que os pagamentos ultrapassaram a quantia de R$ 1 mil e quitaram os débitos dos sindicalizados em troca de votos.
"Todos os indícios apontam para uma fraude enorme no referido sindicato, havendo provável conluio entre a chapa eleita, os candidatos a vereador Acácio e Romero e o presidente do sindicato, com o intuito de fraudar a liberdade do voto, por meio de favorecimento financeiro dos filiados e do próprio sindicato", diz a peça jurídica.
Advogado nega acusações
O advogado José Augusto Nobre Neto, que atua na defesa do prefeito de Gurinhém, Cláudio Freire Madruga, disse que a ação movida pelo ex-prefeito é fruto de desespero de quem perdeu as eleições. Segundo ele, a ação não tem fundamento e está repleta de inverdades. “Essa é uma prática comum na história política do ex-prefeito e foi assim que fez sua campanha”, comentou o advogado, afirmando que “quem estiver esperando por novas eleições em Gurinhém deverá aguardar a chegada de 2020”.
Ele afirmou que o ex-prefeito fez uma campanha repleta de "mentiras e de compra de votos", porém tenta manchar a vitória do prefeito Cláudio Madruga com acusações levianas. "Infelizmente, para tentar criar factóides, o ex-prefeito, juntamente com Aguinaldo Freire, já condenado pela Justiça Eleitoral por espalhar notícias inverídicas, montaram depoimentos, forjaram declarações e cooptaram aliados seus para tentar macular a história de vida do prefeito Cláudio Madruga e desqualificar sua vitória”, argumentou o advogado.
Segundo ele, basta uma rápida leitura nos autos da ação para se ter a certeza que o prefeito legitimamente eleito nunca teve contato com nenhuma das pessoas citadas e nunca ofereceu vantagens a ninguém, mesmo porque sua campanha foi feita de forma limpa e legítima. “Confiamos plenamente na Justiça e temos certeza que a demanda será julgada improcedente, reconhecendo a legitimidade dos votos conferidos ao prefeito Cláudio Madruga”, afirmou o advogado.
Portal Correio
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